A dupla feijão-com-arroz foi a responsável por uma pequena queda no preço de alimentos no Grande ABC nos primeiros dias de março. O custo médio da cesta básica caiu 0,16%, o que representa uma economia de apenas R$ 0,51 no custo total dos produtos. O valor passou de R$ 323,19 (na semana de 16 a 22 de fevereiro) para R$ 322,68 (desde o dia 2 até ontem).

Os dois produtos responsáveis pela retração do custo da cesta foram o feijão carioca e o arroz, segundo o levantamento realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

O preço do feijão sofreu uma queda de 9,64%, com o quilo custando R$ 2,67, maior apenas do que o praticado em outubro de 2007. Desde então, os preços sempre estiveram acima dos R$ 3.

O produto é um dos itens da cesta com maior representatividade no cálculo da Craisa, além de um dos mais consumidos pela população.

Segundo Fábio Benedetto, engenheiro agrônomo, e Joel Diogo Guerra, técnico agrícola, ambos da Craisa, o efeito de baixa é atribuído à safra maior em algumas regiões produtoras, fato que influencia as cotações do seu principal aliado no prato brasileiro, o arroz, que tende a reduzir o valor no varejo por conta das médias baixas do feijão.

Por isso, o preço do cereal apresentou queda de -3,04% no período. Agora, o arroz custa, em média, R$ 8,20 o pacote de cinco quilos.

Diferente do que vinha apresentando nos últimos quinze dias, a carne bovina teve os preços reajustados para cima esta semana. Os cortes de primeira e de segunda tiveram aumento de 0,95% e 0,91% respectivamente, custando R$ 12,70 e R$ 8,12 o quilo, em média.

Os itens que compõem o grupo dos hortifrutigranjeiros (frutas, verduras e legumes) também tiveram seus valores acrescidos. No geral, a variação foi de 4,94%, tendo o tomate como o maior vilão, com alta de 18,45% no período.

AÇÚCAR - Ainda de acordo com a pesquisa semanal da Craisa, desde o início da semana o açúcar refinado apresentou cotação em alta, perto de 4,5%, com preços médios de R$ 1,37, o quilo.

Os especialistas da Craisa explicam que, "a safra de cana-de-açúcar começa em abril, mês em que o Brasil deve aumentar a fatia de cana destinada à produção de açúcar, já que os preços do produto tiveram uma leve alta nos últimos meses".