Com o segundo turno em Mauá configurado entre Donisete Braga (PT) e Vanessa Damo (PMDB), começam as articulações pelos apoios dos seis prefeituráveis que ficaram pelo caminho. As negociações vão priorizar dois candidatos: Irmão Ozelito (PTB), quarto colocado com 8,17% dos votos válidos, e, principalmente, Atila Jacomussi, que encaixou o discurso de terceira via e encerrou o pleito com 13,35% dos sufrágios.

"Amanhã (hoje) vamos conversar com os seis. Todos têm representatividade. Por ter saído vitorioso do primeiro turno, este gesto tem de partir de mim. A partir destes diálogos estabeleceremos a nossa tática para o segundo turno", projetou Donisete, que retomará a campanha amanhã. "Temos poucos dias e não podemos errar."

O petista lembrou ter intimidade com pelo menos quatro dos então concorrentes. "Já fui vereador com o Admir Jacomussi (PRP, pai de Atila) e com o Diniz (Lopes, PR). O Paulo Bio (PV) já nos apoiou lá atrás. E o José Silva (Psol) tem relação antiga com o PT (onde era filiado até 2007). Mas são diálogos que ainda serão colocados."

Analisando que a maioria da população não está satisfeita com o governo do PT, Vanessa Damo se colocou como "a via" para a mudança. "Vamos buscar esses votos que migraram para os outros candidatos de oposição." A peemedebista também diz que contatará os derrotados a partir de hoje.

Presidente municipal do PMDB e marido de Vanessa, José Carlos Orosco Júnior, porém, revelou ter conversas iniciadas por composições com Ozelito e Edimar da Reciclagem (PSDB). "Há afinidade com os eleitores deles."

DINIZ - Os votos em Diniz Lopes são declarados nulos. O republicano teve a candidatura indeferida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Os sufrágios só entrarão na contagem oficial caso o político consiga reverter o caso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). MR/LFS