A mobilização agendada ontem, às 20h, na portaria 3 da unidade Rhodia Têxtil, de Santo André, não aconteceu. Segundo trabalhadores da comissão de fábrica, a categoria iria protestar no portão da indústria. No entanto, foram surpreendidos por um comunicado de que a companhia entrou na Justiça para decidir o valor do benefício daqueles que revezam turno - o chamado Prêmio de Turno Revezamento.

"A empresa propõe pagar R$ 4.000 pelo prêmio. Nós, trabalhadores, pedimos R$ 8.000, já que é um acordo com validade de dois anos e destinado aos funcionários que ao longo da semana trabalham nos três turnos (manhã, tarde e noite). O que eles querem pagar é o mesmo valor negociado há 24 meses. Não teve evolução", disse um dos colaboradores.

A audiência no Tribunal Regional do Trabalho está agendada para o dia 9 (terça-feira), às 14h15.

Alguns representantes do Sindimestre (sindicato de trabalhadores que atuam na indústria têxtil) estavam no local e explicaram que como a decisão parou na Justiça, qualquer mobilização seria prejudicial aos funcionários e que a companhia estava com a lei ao lado dela.

A equipe do Diário tentou contato com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Fiação e Tecelagem de Santo André (que responde pela região), no entanto, a entidade não quis falar sobre as negociações.