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Brasileiros tentam superar ansiedade a partir da motivação

Jogar em casa, com apoio da torcida a cada movimento, anima zagueiro Thiago Silva; Felipão revela que também tem seus medos

Por Dérek Bittencourt
Enviado a Belo Horizonte
28/06/2014 | 07:00
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Responsabilidade transformada em motivação, sem deixar que tal situação atrapalhe e acabe virando uma ansiedade que perdure, prejudicando durante a partida. No entanto, na visão do zagueiro e capitão da Seleção Brasileira, Thiago Silva, ser a equipe anfitriã da Copa do Mundo traz para os jogadores uma carga maior de pressão, mas, ao mesmo tempo, todo o incentivo que os atletas vivem diariamente serve como combustível para a máquina verde e amarela funcionar.

“Claro que jogar dentro de casa te dá uma motivação maior. A gente passa pelas ruas e vê milhares de pessoas dando tchau. No caminho até aqui, um carro emparelhou com a gente e uma pessoa pediu para que parássemos para dar um autógrafo. Não paramos, mas isso mostra o quanto o povo brasileiro é apaixonado por futebol. Nós também somos e não gostamos de perder. Mas do outro lado tem um adversário que também tem seus sonhos. Claro que se perdermos vai ser uma frustração grande. Não gostaríamos de ser eliminados, queremos ser campeões, mas por isso que o futebol é apaixonante”, disse o capitão.

Nesta mesma linha de pensamento, o técnico Luiz Felipe Scolari expôs seus medos e temores, mas disse que tais sentimentos ou sensações ficam restritos em momentos solitários e que, entre os atletas, ele tem de passar uma figura totalmente diferente.

“Entramos para observar o campo eu e o Thiago e falávamos que algumas coisas mexem com nosso dia a dia, mesmo que se tenha experiência. Perguntei: Thiago, já jogaste uma Copa do Mundo. Ele respondeu: ‘Eu sei, mas o primeiro jogo a gente se sente diferente’. É normal que a gente sinta ou tenha algum incômodo, ansiedade, principalmente quando começa o mata-mata, quando não podemos perder. A gente fica mais envolvido, mais assustado, mais nervoso, o que é normal”, afirmou.

“E não é por ser no Brasil, mas por se tratar de um Mundial. A cada fase, a gente tem chance de chegar à final. Não posso passar a eles essa minha dificuldade. Quando estou sozinho e raciocinando o que temos de fazer, me sinto mais inseguro. Mas, junto deles, tenho de passar confiança. Porém, ninguém em sã consciência fica tranquilo”, disse Felipão.




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