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Comissão de ética do PMDB julgará caso de Araújo até março

Diretório estadual analisa processo contra vereador de Santo André por infidelidade

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
31/12/2013 | 07:00
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A comissão de ética do PMDB estadual montada para avaliar ação movida contra o vereador de Santo André José de Araújo julgará o caso de infidelidade partidária no primeiro trimestre de 2014. Essa é a estimativa projetada dentro do diretório paulista depois de finalizada a fase de defesa verbal das partes envolvidas no processo partidário. O documento, impetrado pela executiva municipal, liderada por Nilson Bonome, pede a expulsão do parlamentar devido à insubordinação.

A defesa foi firmada em 11 de dezembro, abrindo prazo para conclusão final da ação. Porém, o diretório estadual, presidido por Baleia Rossi, entrou em recesso parlamentar desde o dia 21, retomando os trabalhos apenas no começo de fevereiro, quando reabre as sessões da Assembleia Legislativa, prorrogando o desenlace do processo. Nesse período, não haverá expediente na executiva, dando sobrevida para a articulação de Araújo para tentar sair ileso da trincheira.

Bonome confia no afastamento definitivo de Araújo por considerar que o parlamentar não veste as cores peemedebistas. Segundo ele, a infidelidade “está toda documentada” no relatório protocolado em São Paulo. “Não foi apenas caso isolado. Na eleição, por exemplo, em nenhum momento ele demonstrou disposição de ajudar o partido”, disse o dirigente local, relembrando que o vereador disputou a reeleição sem citar o nome da candidatura majoritária do PMDB e, informalmente, colaborando com o então prefeito Aidan Ravin (PSB), derrotado no pleito.

Outro ponto abordado por Bonome é o fato de Araújo ter negociado diretamente com núcleo político da gestão Carlos Grana (PT) para mudar de lado na Câmara e fazer parte da base de sustentação, sem comunicar os componentes do diretório paulista. “Não teve o mínimo respeito pelos integrantes da cúpula municipal, tratando com o governo de ir para a situação. Na defesa pessoal, ele falou que foi orientado pelo deputado (Jorge) Caruso que fizesse diálogo com o prefeito (petista).”

A orientação seria por conta da relação de Caruso e Baleia com Grana, que atuou como deputado estadual com ambos durante seu mandato (2011-2012). “Referindo-se sobre o caso, disseram que eram amigos de Assembleia. Mas não acho que é possível acontecer isso por parte do presidente (paulista)”, frisou Bonome, ao contar a argumentação de Araújo. “Dar uma ordem desse (jeito) não condiz com postura de respeito (com as instâncias do partido)”, complementou o presidente.

OUTRO LADO

Araújo não foi localizado para comentar sobre o assunto. Ele, por sua vez, alega que tem conversado com os integrantes da executiva paulista e não demonstra preocupação com o andamento do processo, acreditando que será absolvido no episódio, independentemente do prazo para desfecho do caso. Em ocasião passada, o vereador, que está no sétimo mandato na Câmara, relatou que não há argumentação legal para cortá-lo da legenda, da qual sempre fez parte.




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