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No último andar tem mais barulho?

Ruídos sempre vão existir em prédios; saiba as vantagens e desvantagens de quem mora nas alturas

Por Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
17/11/2013 | 07:00
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Gritos, correria, latidos, choros de bebê e volume alto da TV são alguns barulhos causados por vizinhos que podem incomodar qualquer morador de prédio, independentemente do andar em que vive. No entanto, quem está nos pavimentos mais altos tem a vantagem de não sofrer tanto com os sons da rua – trânsito, buzinas e comércios – e das áreas de lazer do condomínio.

Isso acontece porque o som (forma de energia levada por meio de ondas sonoras) provoca vibrações nas moléculas (minúsculas partículas) do ar, que se espalham, fazendo com que o barulho chegue fraquinho. Ou seja, quanto maior a distância entre a origem do ruído e o andar, por exemplo, menor será sua intensidade.

Já quando o barulho vem de dentro dos apartamentos, as janelas comuns, paredes, lajes e pisos de espessuras cada vez mais finas, não impedem a passagem do som, contribuindo para o desconforto. Por isso, o bom-senso é importante. Nada de gritar, fazer bagunça, arrastar as coisas e ouvir som no último volume dentro dos apartamentos. Lembre-se das regrinhas da boa convivência!

MUITOS PRÉDIOS - Especialistas explicam que em regiões com vários prédios ou vias movimentadas, o barulho nos andares altos costuma ser frequente. Isso porque o som, ao se dispersar, reflete nas paredes das construções, não diminuindo sua intensidade. Além disso, o vento, barulho de helicóptero e avião são mais fortes nos andares altos por causa da proximidade da origem do som.

Saiba mais

O som entra pelos ouvidos como onda sonora. Lá se transforma em sinais enviados ao cérebro.

A poluição sonora pode matar as células ciliadas do ouvido, cuja função é captar e enviar o som ao cérebro.

O excesso de barulho pode incomodar e afetar ainda mais a audição dos bichos.

Murilo Gomes , 8 anos, e Gabriela Tavares, 8, de São Caetano, acham que o barulho não atinge tanto os andares mais altos. “Escuto buzina, mas é baixo. Deve ser porque estou longe da rua”, diz o garoto, que mora no 10º andar. Gabriela, do 13º, vive perto de estação de trem. “Já acostumei com os ruídos e os barulhos dos vizinhos.” Para os colegas, cada morador precisa respeitar o próximo. “Minha mãe fala que não é para gritar e correr”, diz Murilo.

Consultoria do engenheiro e presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica, Davi Akkerman, e do coordenador do departamento de Física do Centro Universitário da Fei, Roberto Baginski Santos. 




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