Passado o boom de vendas de veículos neste ano – que deverá ultrapassar em 20% o ano de 2006 –, o setor automotivo nacional aponta para o crescimento sustentável de 10% ao ano. Assim, se o Brasil tiver infra-estrutura suficiente para comportar tal expansão, as montadoras empregarão, até 2013, cerca de 2,5 milhões de pessoas, de forma direta e indireta.

O cálculo é da consultoria PriceWaterHouseCoopers, que apresentou um estudo sobre a indústria automotiva nacional ao Governo Federal nesta semana, sob encomenda da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Hoje, somente as fabricantes de veículos empregam cerca de 100 mil funcionários. Se somadas as empresas de máquinas agrícolas, o número sobe para 115,4 mil. No que se refere à cadeia total – o que inclui fornecedores e revendas – o setor emprega 1,3 milhão.

Capacidade - A mão-de-obra será necessária para suprir o novo patamar de produção industrial. Com base no estudo, a Anfavea projeta que as montadoras nacionais cheguem à capacidade produtiva de 5,1 milhões de unidades por ano até 2013. A capacidade atual é de 3 milhões de veículos.

Para tanto, o foco não poderá ser, exclusivamente, o mercado interno. “A exportação de veículos é o nosso desafio. Essa questão é muito relevante”, afirma o presidente da Anfavea, Jackson Schneider.

Em 2006, as exportações de veículos e autopeças renderam à balança comercial brasileira US$ 20 bilhões.

Schneider se preocupa com os investimentos em longo prazo. Segundo o estudo, a produção mundial de veículos deverá aumentar em 12,6 milhões de unidades até 2012.