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Base do vôlei de S.Bernardo fecha 2019 com grande aproveitamento

Equipes femininas sub-13, sub-14 e sub-15 foram campeãs ou vice de todos os torneios

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
23/12/2019 | 07:00
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Divulgação/AFPSBC


Três equipes, oito campeonatos e finalista em todos eles, sendo campeãs ou vice. Este é o saldo da temporada 2019 dos times sub-13, sub-14 e sub-15 da Associação Clube/São Bernardo. Projeto criado há cinco anos, havia tido um 2018 de sucesso em competições amadoras, até que, de maneira ambiciosa, decidiu participar dos campeonatos da Federação Paulista de Vôlei e viveu seu melhor ano neste que está por encerrar, com ainda mais planos para o futuro próximo.

“Depois dos resultados de 2018, resolvemos entrar na Federação Paulista. Antes jogávamos pelo Sindi-Clube, que não chancela para a Seleção, e percebíamos que podiam colher frutos daqui. Resolvemos entrar no escuro e nas nossas três equipes ficamos em primeiro ou segundo lugar em todas as competições. Foi um ano sensacional”, vibrou Flávio Aniceto, coordenador do projeto e técnico do sub-15, categoria que em 2019 foi campeã do Torneio Início, do Campeonato Preparação e do Metropolitano Paulista, além de vice na  Copa Paulista, perdendo a final após grande período invicta. “Não esperava esses resultados, mas o time encaixou. Foram 26 jogos de invencibilidade”, destacou a ponteira Isabella Villani, 14 anos.

A categoria sub-14, da técnica Raquel Nalini, foi campeã Metropolitana Paulista e vice no Estadual. As caçulas do sub-13, comandadas por Amanda Bonfante, conquistaram o título no Estadual e foram vice no Metropolitano. Aliás, existe grande integração entre as categorias, com as mais jovens sempre acompanhando e interessadas em aprender com as mais velhas. “Isso é legal”, disse Isabella. 

Independentemente de todos os resultados, a ideia não é mexer no projeto, como, por exemplo, ampliar para times masculinos. “Nossa intenção é trabalhar até o sub-15 feminino e, principalmente, ter mais atletas que possam ir subindo de categoria. Ou seja, queremos formar mais atletas”, explicou Flávio Aniceto. “Buscamos resultados e também procuramos talentos para integrar nossas equipes”, emendou Sérgio Baffile, supervisor da Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo (onde as equipes treinam e jogam) e gestor do projeto. No último treino aberto (popular peneira) para integrar o ‘Cidade do Vôlei’ – nome do projeto –, 90 meninas participaram, inclusive, vindas de longe, como Londrina-PR e Cajamar.

O projeto é viabilizado por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte e, em 2020, terá um patrocinador master: a Sada, empresa de transportes.

CONSEQUÊNCIA

Ana Luiza Berto Arosti, da equipe sub-15 do projeto, foi chamada para participar de laboratório no CT da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), entre 22 e 29 de janeiro, em Saquarema, no Rio de Janeiro. Além disso, ela e outras sete jogadoras foram pré-convocadas para a seleção paulista para a disputa do Campeonato Brasileiro de seleções sub-16: Fernanda Lima, Gabriela Ferraz, Isabella Villani, Larissa da Silva Pereira, Maria Eduarda de Souza, Maria Eduarda Leite e Maria Laura Salgado.

Jovem ponteira sonha com a Seleção

A grandiosa campanha realizada pela equipe sub-15 da Associação Clube/São Bernardo fez com que seis jogadoras da equipe ganhassem oportunidade na categoria de cima.

Consequentemente, os treinos passarão da sede do clube para o Ginásio do Baetão. E uma das meninas que vai pegar esta ponte é a ponteira Isabella Villani, 14 anos, que está no projeto há cinco anos (com breve saída), ou seja, desde o início.

“Minha irmã treinava aqui e me trouxe um dia. Eu já jogava na escola. Comecei muito criança. Passei pelo iniciante, pré-mirim, e em 2018 fui para outro clube, mas me arrependi. Aqui é diferente. Mais harmonioso, mais equipe mesmo. Voltei este ano e deu no que deu”, disse ela. “Agora fica mais sério. Estarei mais perto do (time) profissional, vai dar para perceber onde dá para chegar (na carreira)”, emendou, falando de promoção e futuro.

Segundo Isabella, seus sonhos são se tornar jogadora e ser convocada para representar o Brasil. “Pretendo evoluir até dar certo. Espero ser cada vez melhor e ir para outros clubes, para poder chegar mais perto da Seleção”, projetou a jovem, que é fã da ponteira-passadora Jaqueline.

“Quero agradecer aos técnicos, porque vamos subir e não serão mais os mesmos que estão comigo desde o começo, quando eu não sabia nada, nem correr. Vou sentir falta. Mas estaremos em outras mãos, que são muito boas também”, encerrou Isabella.




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