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Littleton nao esquece tragédia do Liceu Columbine
Por Do Diário do Grande ABC
18/04/2000 | 10:51
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Um ano depois, a cidade de Littleton (Colorado) nao consegue esquecer a tragédia no Liceu Columbine, e lembrará tristemente, nesta quinta-feira, o primeiro aniversário da pior matança ocorrida num estabelecimento escolar norte-americano. Apesar dos esforços, muitos moradores da cidade, próxima de Denver, nao conseguiram superar o trauma. Carla Hochhalter, mae de uma jovem que ficou incapacitada pelo resto da vida, se suicidou.

O assassinato nao esclarecido de outros dois estudantes no Liceu chocou novamente os

Quando os mataram, ``quebrei. Nao suportava mais ir ao Liceu todos os dias', explica um adolescente, Joe Dreaden, que deixou de assistir às aulas na escola e agora estuda em casa.

Alguns estudantes escolheram se refugiar no álcool e nas drogas, segundo o pastor Billy Epperhart. Outros, por sua vez, se tornaram conferencistas, percorrendo o país para contar seu encontro com Deus ou sua militância por leis mais estritas contra as armas de fogo.

Toda a família de Rachel Scott, 17 anos, assassinada por Harris e Klebold, criou uma organizaçao sem fins lucrativos, chamada ``A redençao de Columbine', em nome da qual Bethanee, 24 anos, e seu irmao de 17 anos organizam conferências sobre a ``mensagem espiritual' da matança.

Heidi Johnson, 16 anos, que se encontrava na biblioteca do Liceu, onde foram assassinados seus colegas, anuncia também sua mensagem de fé em Deus a um grupo de jovens cristaos. Ela está convencida de que Deus a salvou em 20 de abril de 1999. Outra aluna, Crystal Woodman, foi até Kosovo para dar sua mensagem de esperança.

Tom Mauser, cujo filho Daniel morreu no Liceu, tirou um ano de licença para trabalhar com a associaçao Safe Colorado, que pede um controle mais estrito para as armas de fogo. Foi convidado a comparecer em Washington pelo presidente Bill Clinton, que tenta em vao obter do Congresso majoritariamente republicano um reforço das leis sobre armas de fogo.

Mauser queria que os habitantes do Colorado votassem, através de um referendo, para que o controle de identidade dos compradores de armas seja sistemático, e nao se limite aos que as compram numa loja de armas. Segundo ele, tal medida teria evitado o drama de Littleton, já que as armas utilizadas foram compradas sem controle, numa feira de armas.

Mas apesar dos esforços e do trauma nacional provocado pelo Liceu Columbine, a legislaçao nao evoluiu, nem no Estado do Colorado nem no Congresso, em Washington.




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