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Márcio Chaves diz que não se sente traído
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
15/11/2010 | 07:01
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O ex-vice-prefeito de Mauá Márcio Chaves Pires (PT) afirmou que não tem mágoa do prefeito Oswaldo Dias (PT) por conta do processo da exposição Túnel do Tempo - quando teve sua candidatura a prefeito cassada, em 2004 - nem de possível falta de apoio na eleição deste ano, quando tentou cadeira na Assembleia Legislativa.

Ao comentar sobre a eleição de 2012, disse que o mais "correto seria o candidato eleito (no caso Oswaldo) concorrer à reeleição". Mas não deixou claro se pretende disputar a vaga.

Em março, o petista largou o cargo de secretário de Governo de Araçatuba para tentar o posto de deputado estadual.

Embora garanta que recebeu apoio satisfatório da executiva de Mauá e até do grupo de Oswaldo para sua candidatura, nos bastidores sempre se comentou que o nome de Márcio era pedra no sapato da sigla. Isso porque a dobrada oficial do Executivo e diretório do PT, presidido por Leandro Dias (filho de Oswaldo), era Hélcio Antonio da Silva, ex-secretário de Obras para a Câmara Federal e Donisete Braga para estadual. "Fiz campanha com poucos recursos, mas avalio como satisfatória", disse Márcio, que obteve 21.698 votos em outubro.

O petista apontou como obstáculo para alcançar a vitória a Justiça Eleitoral. O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) indeferiu, por unanimidade, o registro do ex-vice-prefeito de Mauá com base na Lei Ficha Limpa. Antes do pleito, porém, o político conseguiu reverter a decisão. À época, a PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) apontou que o candidato cometeu "irregularidade insanável" em 2000 e 2001, quando foi superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).

O pedido de impugnação da PRE teve como base decisão colegiada do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que reprovou os gastos da autarquia por conta de "irregularidades em anulações de empenho e cancelamentos de restos a pagar". "O tribunal me deixou sub judice durante 60 dias da minha candidatura. Tive que esperar até à véspera do processo eleitoral para trabalhar a campanha."

O petista disse que, por ora, não deseja atuar em nenhuma função política. "Não retorno para Araçatuba. Fui para uma fase de transição de 90 dias e acabei ficando 15 meses. Foi sacrificante, pois ficava muito longe da minha família." Com relação à vida política, adiantou que "nesse primeiro momento não está pensando em nada de futuro na política". "Sempre morei em Mauá. Estou desempenhando função no setor privado na área de consultoria."

Márcio revelou que aguarda posicionamento do PT quanto aos próximos passos políticos. "Vamos discutir 2012 quando o partido nos chamar, como acontece no processo com todo filiado."

Contudo, ventila-se nos bastidores de que Oswaldo ofereceria a Secretaria de Desenvolvimento Econômico para Márcio comandar. Mas o petista desconversou. "Não houve sondagem. Prefiro não me manifestar a respeito.




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