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Temporal causa caos no trânsito

Santo André e Mauá foram as cidades mais castigadas na região; circulação de trens ficou interrompida

Ana Beatriz Moço
21/03/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A forte chuva que atingiu o Grande ABC entre o fim da tarde e o início da noite de ontem causou alagamentos em muitos pontos e provocou o caos no trânsito da região central de Santo André e nas proximidades do Paço de Mauá, as cidades da região onde foram registrados os principais transtornos. Os usuários de trem também enfrentaram problemas, pois o tráfego justamente entre as estações dos dois municípios ficou interrompido entre 19h20 e 20h45.

Não por acaso, a Defesa Civil de Santo André decretou estado de atenção para toda a cidade. Foram registrados pontos de alagamento nas avenidas da Paz, Pereira Barreto, Lauro Gomes, Capitão Mário Toledo de Camargo, Dom Pedro I, Industrial, Santos Dumont, dos Estados, Estrada João Ducim,Terminal Vila Luzita e também na Vila América, por causa do transbordamento do piscinão. No Jardim Ipanema chegou a cair 65 milímetros de chuva.

O trânsito da cidade foi prejudicado por cerca de cinco horas. Na Rua Catequese, por exemplo, os carros pararam por volta das 17h e somente às 22h o tráfego voltou a fluir com mais rapidez.

Em São Bernardo, o motorista enfrentou problemas na Avenida Piraporinha, Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco e Via Anchieta. As regiões mais afetadas foram Pauliceia, com 73,8 milímetros de chuva; Rudge Ramos, com 63 milímetros; Jardim Leblon, com 53 milímetros; e Vila Esperança, com 52 milímetros.

Em São Caetano, as avenida Almirante Delamare e Guido Aliberti também sofreram com alagamentos. Já em Diadema, a Rua Alfredo Bernardo Leite e a Avenida Fagundes de Oliveira apresentaram pontos intransitáveis. 

Em Mauá os transtornos foram maiores na Avenida João Ramalho, que ficou praticamente embaixo d’água. Motociclistas e motoristas não conseguiram seguir viagem, sendo que a maioria subiu nas calçadas e no canteiro central para tirar os veículos da água. Dois motoqueiros que tentaram atravessar o rio foram obrigados a abandonar as motos e andar até a parte alta de uma ponte. O trânsito das vias do entorno ficou carregado e dificultou o acesso às vias que levam a outras cidades ou a bairros de Mauá.

Uma motorista ficou assustada ao se ver no meio do alagamento. Nervosa, Arlete Vigo, 62 anos, disse que nunca havia passado por situação parecida. Ela não conseguia parar de tremer nem segurar o celular, e pediu ajuda aos motoristas. “Não conseguia sair com o carro do meio da água. Me ajudaram a subir na guia, até porque, estou com muito medo. Nem sei o que fazer.”

Não foi diferente com o dono da Kombi que também ficou presa na enchente. João Luiz de Carvalho, 50, afirmou nunca ter enfrentado situação igual. “É um caos, e o pior é que ninguém pode fazer nada.”

Não foram notificados deslizamentos. A Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que atende a região, operou em velocidade reduzida. A circulação entre Santo André e Mauá chegou a ser interrompida. (Colaboraram Daniel Macário e Vanessa de Oliveira)




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