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Relator renuncia ao cargo e CPI da Saúde de Ribeirão Pires deve naufragar mais uma vez

Amaury Dias fez críticas ao processo de investigação pela Câmara

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
17/03/2018 | 07:00
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Com a renúncia do vereador Amaury Dias (PV) do cargo de relator, a CPI da Saúde de Ribeirão Pires corre o risco de chegar ao fim sem realizar qualquer atividade.

A comissão foi colocada em pauta em 2015, virou caso judicial, mas está travada desde então e até o momento não foi realizada qualquer reunião oficial.

Na visão de Amaury, o impasse acabou sendo decisivo para sua saída da CPI. “Não dava para compactuar com essa situação. Sem que as investigações fossem oficializadas, não poderíamos avançar em alguns pontos. Cheguei a conversar com os vereadores e espero que minha saída provoque pelo menos a oficialização (do instrumento)”, afirmou.

O parlamentar criticou também a demora para a abertura do processo de contração de uma auditoria para análise dos documentos da Pasta, como havia prometido o presidente do Legislativo, Rubão Fernandes (PSD). “Não foi aberto sequer o edital e a auditoria morreu. Não dava para ficar mais de cinco meses na informalidade”, prosseguiu.

A CPI da Saúde tem como objeto a investigação de contratos e ações da Secretaria da Saúde de 2009 até 2017, quando a cidade foi administrada por Clóvis Volpi, Saulo Benevides (ambos sem partido) e inclui o primeiro ano da gestão do atual prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB).

Além de Amaury, a CPI tem como presidente José Nelson da Paixão (PPS) e Rogério do Açougue (PSB) como outro integrante. Quando a composição foi definida, em setembro de 2017, a promessa foi que, mesmo sem a abertura decretada pela Casa, seriam recolhidos documentos do setor, verificando o que foi feito na Pasta em cada gestão e avaliando os atendimentos dos equipamentos públicos de Saúde da cidade.

No ano passado, os vereadores decidiram prosseguir com a CPI, mas condicionaram a abertura dos trabalhos à realização da auditoria.

Rubão Fernandes não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar o caso.

POLÊMICA
A instalação da comissão, que deveria ter ocorrido em 2015, passou por idas e vindas e chegou a ser judicializada. Engavetada pelo então presidente da Câmara, José Nelson de Barros (MDB), a oficialização chegou a ser determinada pela 3ª Vara Cível de Ribeirão Pires, que solicitou a abertura imediata dos trabalhos.

Posteriormente, a decisão foi suspensa. Já em 2016, o Legislativo foi alvo de protestos por parte de grupos de estudantes, que chegaram a ocupar o prédio da Câmara. 




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