Pelo menos uma vez por semana, o técnico Marcelo Madeira passa o comando dos atletas para Cozza. “É um trabalho paralelo ao que é desenvolvido pela comissão técnica. Complementar, e que de forma sistemática tenta trazer o equilíbrio para o indivíduo e a melhor performance para o atleta”, diz o psicólogo.
Por ter “nascido no meio de vôlei”, como diz Cozza, o entendimento dos jogadores ao seu trabalho é facilitado e a aceitação é imediata. “É um trabalho de mentalização dentro dos fundamentos usando acertos e erros como exemplo, mostrando o lado positivo e também o negativo”, assegura o líbero Hernani.
Cozza faz questão de dizer que não é o único responsável pelo bom momento do time. “É apenas um complemento à parte tática e técnica. É mais um treinamento”, explica. “Não adianta nada fazer um trabalho como esse para um jogador de 1,5 m que ele não vai ter condição de jogar vôlei”, completa o técnico Madeira.
O psicólogo conhece muito bem a língua dos boleiros, pois já foi um deles. Depois, passou para o banco de reservas, como auxiliar técnico de Brunoro na Pirelli. O time ganhou tudo o que podia no Brasil e nas Américas e em 1984 chegou à conquista do Mundial.
Daí para frente, Cozza trocou a equipe profissional pelas categorias de base, motivado pelo exemplo do treinador Lázaro de Azevedo Pinto, que segundo ele é considerado o “pai do vôlei” no Grande ABC. Também acompanhando o exemplo do mestre, Cozza resolveu se dedicar à psicologia, curso que concluiu no ano passado. Em paralelo, alinhou a paixão do passado com a atual, fazendo pós-graduação direcionada à área esportiva e desde o início da temporada trabalha com o Santo André. “É um grupo muito receptivo”, elogia.
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