Uma pancadaria generalizada marcou a tarde de quinta-feira na Câmara de Salvador. Vereadores e militantes políticos trocaram socos e empurrões no plenário, durante o segundo dia de votações do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) da cidade.

Entre os focos de confusão, chamou a atenção a briga entre o vereador Everaldo Augusto (PCdoB), e o vice-presidente do Movimento de Defesa do Metrô de Salvador, Afonso Celso. Os dois trocaram socos e Augusto ameaçou agredir o militante com uma cadeira, mas foi impedido por outros parlamentares. O desentendimento desencadeou uma série de outras brigas na galeria e no plenário, que só foi controlada com a atuação de policiais militares.

Os vereadores votam em caráter de urgência, desde a noite de quarta-feira a aprovação do novo Plano Diretor da capital baiana. O projeto é fruto de uma promessa de campanha do prefeito João Henrique (PMDB), então insatisfeito por o Plano Diretor do município, implantado em 2004, não ter sido aberto à discussão da população.

O PDDU apresentado pelo atual prefeito tem 347 artigos, separados em dez capítulos. Entre os tópicos mais controversos, está a liberação da orla de Salvador para construções de até 18 andares (54 metros) – hoje, há trechos da orla em que não se pode construir prédios de mais de três andares – e a diminuição da distância exigida entre os prédios da faixa litorânea.