Clara Rojas, seqüestrada em fevereiro de 2002 pela guerrilha colombiana ao lado de Ingrid Betancourt, teve um filho no cativeiro com um de seus seqüestradores, assegurou neste domingo um jornalista citando um chefe das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

O jornalista Jorge Enrique Botero, que no passado divulgou detalhes sobre o cativeiro dos seqüestrados pela guerrilha, frisou que a informação foi confirmada por Raúl Reyes, membro do secretariado das Farc.

Um irmão da seqüestrada, Iván Rojas, afirmou à AFP que sua família recebeu a informação das mãos de Botero, na semana passada, mas disse que não tem outros elementos para confirmá-la. "Em todo caso, apoiamos e apoiaremos nossa irmã em quaisquer circunstâncias", ressaltou.

Rojas e Betancourt foram seqüestradas no dia 23 de fevereiro de 2002 no departamento de Caquetá, quando faziam campanha para a Presidência da República tendo em vista as eleições desse ano. No momento, fazem parte da lista de 58 seqüestrados que as Farc propõem trocar por 500 rebeldes presos.

Segundo o relato de Botero, o menino nasceu há dois anos em uma operação cesariana praticada em um acampamento rebelde, é um menino e foi fruto de uma relação consentida.