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Remédios: menos imposto
Por Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
13/04/2008 | 07:01
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Com uma carga tributária média de 33,87%, a redução dos impostos dos medicamentos virou a nova bandeira da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo). A entidade iniciou neste sábado uma campanha contra a tributação de medicamentos.

Na praça da Matriz, no Centro da cidade, foi realizado o Feirão do Imposto, no qual os pedestres que circulavam pela Rua Marechal Deodoro podiam conferir o quanto estão desembolsando em taxas e tributos na compra de diversos remédios, além de alimentos e material escolar.

“Tivemos essa idéia após o governo anunciar mais um aumento no preço dos remédios. Para as classes menos favorecidas, o preço desses produtos é muito alto. E um artigo de extrema necessidade, que não deveria ter tributação para se tornar mais acessível”, explica Valter Moura Júnior, presidente do Núcleo de Jovens Empreendedores da Acisbec.

Além do feirão em São Bernardo, a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Pires também entrou na campanha. “Queremos levar isso para as outras cidades, com a ajuda de outras entidades, seja do comércio, indústria ou associações de bairro. Precisamos mobilizar as pessoas para diminuir a carga tributária dos medicamentos”, diz Moura Junior.

A campanha pretende colher cerca de 1 milhão de assinaturas para que possam ser enviadas ao Congresso Nacional e iniciar o debate sobre os impostos nessa área. Em breve, haverá um site com o tema Pago, logo exijo em que as pessoas poderão contribuir para campanha via internet. A entidade acredita que a arrecadação pode ser compensada em outros setores.

Para a funcionária pública Sônia Brito, que participou do abaixo-assinado, o maior peso do preço dos remédios é para os aposentados e quem ganha salário mínimo. “33% é muita coisa.”

Já o casal de aposentados Manuel e Darcelina Ramos acredita que falta divulgação sobre a tributação nos medicamentos. “A gente não sabia que era tanto. E essa seria uma saída para o governo, pois ele não tem como dar remédio de graça para todo mundo”, comenta Darcelina.



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