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Bolsas mundiais desabam
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05/01/2008 | 07:01
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O relatório sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos em dezembro reforçou os temores de uma recessão no país e derrubou as bolsas de valores globais nesta sexta-feira.

A taxa de desemprego saltou de 4,7% para 5%, o maior nível desde novembro de 2005, e 18 mil empregos foram criados no mês, bem abaixo das expectativas dos analistas, de 50 mil.

“Há um enorme desconforto no mercado acionário diante daquilo que parece ser o crescimento das evidências de uma recessão nos EUA”, afirmou Rick Meckler, presidente da Libertyview Capital Management, em New Jersey.

O Índice Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Nova York, caiu 1,96% e a bolsa eletrônica Nasdaq despencou 3,77%.

O Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) deslizou 2,95%. Em 2008, o principal termômetro do mercado de ações brasileiro acumulou perdas de 4,46%.

Em Londres, o Índice FTSE-100 desvalorizou 2,02% e, em Paris, o CAC-40 teve baixa de 1,79%.

Segundo analistas, o bom desempenho do mercado de trabalho americano nos últimos meses vinha sustentando o consumo, que, por sua vez, responde por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA. Se o emprego dá sinais de fraqueza, a economia tende a desacelerar.

A grande dúvida é saber a intensidade desse desaquecimento. Se for muito forte, leva a maior economia para uma recessão, afetando os outros países.

Por ora, não há clareza, entre os especialistas, sobre esses efeitos. Daí a forte volatilidade dos mercados desde meados do ano passado, quando começaram a surgir os primeiros sinais de desaceleração da economia americana.

“Acredito que o mundo consegue lidar com isso (o desaquecimento dos EUA), mas, se a situação piorar muito, ficará mais difícil”, disse Vladimir Caramaschi, economista-chefe da Fator Corretora.

Para ele, há “boas” chances de uma recessão nos EUA, cujo impacto deve ser amenizado no resto do planeta por algumas razões, uma delas em especial.

“O problema nos EUA é o mercado imobiliário. O ajuste dos preços das casas deve ser lento, o que deve dar tempo para que os países adotem medidas preventivas.”




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