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Oposição e situação aprovam Rômulo na chefia de Gabinete
Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
07/12/2012 | 07:00
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O futuro articulador do prefeito eleito de Mauá, Donisete Braga (PT), agrada tanto a base governista quanto a bancada de oposição. Designado para ocupar o posto de chefe de Gabinete para a próxima gestão petista, o vereador Rômulo Fernandes (PT) ficará responsável por buscar o consenso na Câmara para aprovação de projetos do Executivo. Ele ocupará o papel hoje exercido pelo atual secretário de Governo da administração Oswaldo Dias, José Luiz Cassimiro (PT).

Rômulo e Cassimiro terão papéis invertidos a partir de 1º de janeiro, visto que o vereador não conseguiu a sua reeleição, obtendo 2.758 votos (há quatro anos, ingressou ao Legislativo com 3.531 sufrágios), tornando-se segundo suplente. Por sua vez, o homem-forte de Oswaldo foi o quarto mais votado para vereança em 7 de outubro, recebendo o apoio de 3.947 eleitores.

Além da troca de figuras, também serão notórios estilos diferentes de articulação na Câmara a partir do próximo quadriênio. Isso porque Rômulo é visto, entre as bancadas governista e oposicionista, como uma figura conciliadora na função de líder do governo Oswaldo Dias.

Na última sessão, Edgar Grecco (PMDB), um dos representantes da oposição, usou a tribuna para elogiar o colega de Casa. "Tenho certeza que a responsabilidade é tanto quanto de um secretário. Ele (Rômulo) teve uma relação harmônica com os demais parlamentares (como líder de governo)", frisou o peemedebista.

Por outro lado, Cassimiro não tem aprovação total na função de articulador, pois é visto como uma figura centralizadora pelos vereadores. Ele exerce o papel de confiança de Oswaldo, tendo influência nas demais secretarias e também na Câmara.

Outra crítica feita pelos parlamentares é a prática de Cassimiro entregar projetos do Executivo na última hora para apreciação do plenário. E ainda pressiona para imediata votação. Um dos episódios polêmicos ocorreu em dezembro de 2011, quando o secretário foi xingado, em palavras de baixo calão, por Batoré (PP), após enviar seis proposituras em regime de urgência, sem tempo hábil para a Casa estudá-las.

Apesar disso, Rômulo defende o colega, exaltando que seu papel, mesmo com os atritos, foi bem-sucedido na Câmara. "Ele, como secretário de Governo, e eu, como líder de governo, fizemos uma parceria até boa para aprovarmos projetos para cidade", frisou.

O vereador avalia que a função de liderança da gestão Oswaldo Dias lhe deu experiência para ocupar o cargo de articulador de Donisete Braga. "O perfil que tenho, como sociólogo, é conciliar certas situações. Nem sempre consegui aqui, mas em termos de projetos acho que temos quase 100% de matérias aprovadas", avaliou Rômulo.

 




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