Estudando para o debate da TV Bandeirantes, a prefeiturável de Mauá Vanessa Damo (PMDB) não saiu às ruas ontem. Sua campanha foi liderada pelo vice, Alberto Pierro (PDT). Disputando um cargo público pela primeira vez, o médico neurologista ainda está se acostumando à correria política antes do pleito, e garantiu que não ficará preso em gabinete caso seja eleito.

"Acredito que cerca de 70% das pessoas não conhecem o vice-prefeito (o posto é ocupado por Paulo Eugenio Pereira Júnior, PT). Não quero ficar sentado todos os dias no gabinete nem quero ser desconhecido. Desejo rodar Mauá todos os dias para saber dos problemas e fiscalizar os projetos. Quero ser uma extensão dos olhos da Vanessa", explicou o secretário de Saúde nas gestões de Dorival Resende e de José Carlos Grecco.

O neurocirurgião esteve à tarde em "arrastão" (como chama carreatas) no Parque das Américas e foi abordado por muitos eleitores da terceira idade. "Tem visão diferente e precisa de cuidado especial do poder público. Acho que o fato de ser médico faz com que o pessoal mais velho se sinta mais confortável para conversar comigo sobre esse problema", comentou o pedetista, 66 anos, ressaltando o objetivo pela criação do Centro Dia do Idoso e da implementação da Creche do Idoso (programa do governo do Estado que dá assistência para que não fiquem sozinhos em suas casas).

CANDOMBLÉ

Após ser sido alvo de crítica de Paulo Eugenio, que disse que os evangélicos não gostaram de um vídeo da internet que mostra Vanessa visitando um tempo de candomblé, a peemedebista respondeu que, mesmo sendo católica, se sente à vontade em todas as religiões. "Sempre que for convidada, irei com muita alegria. A frase do adversário é uma ofensa a todas as religiões", avaliou a prefeiturável. Segundo ela, o PT tenta utilizar a diversidade de crenças como um instrumento político na eleição.