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Servidores pedem R$ 1.500 de abono; Paço diz ser inviável

Prefeito de Sto.André alega que não existem condições financeiras para atender e veta bônus natalino

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/11/2013 | 07:00
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O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), vai vetar o abono de Natal dos servidores públicos neste ano. Sob a justificativa de problema no fluxo de caixa, o governo não concederá o benefício financeiro ao funcionalismo. O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) protocolou no dia 13 pedido de R$ 1.500. Em 2012, o então chefe do Executivo Aidan Ravin (PSB), de saída do Paço, também cortou a chance de bônus.


Grana admitiu a barreira para a concessão do abono ao alegar que existe “impossibilidade” diante da situação econômica complicada neste primeiro ano de mandato. “Adoraria poder dar esse benefício aos trabalhadores, até por justiça aos serviços prestados ao município, mas não temos recursos financeiros. Estamos sem condições disponíveis”, disse, acrescentando que o reajuste no salário – em duas parcelas – de dezembro, corrigido pela inflação, acabou de ser quitado pela administração.


A Prefeitura informou que a situação de caixa indica que a proposta é inviável. O último abono foi dado no ano de 2011, com a aplicação de R$ 500 na conta dos servidores. Em 2010, foram R$ 400 e, em 2011, R$ 500. No exercício derradeiro da gestão João Avamileno (PT), em 2008, mesmo com a derrota petista nas urnas, houve repasse de R$ 700 de acréscimo natalino. Conforme o texto do documento oficializado no Paço, o benefício “nada mais que um reconhecimento da contribuição do trabalho”.


O diretor do Sindserv, Carlos Alberto Pavan, avaliou que o Paço possui dois cenários favoráveis para atender a solicitação integral da categoria. O primeiro refere-se à contrapartida financeira, no valor de R$ 35 milhões, que será paga pelo Banco do Brasil para gerenciar a folha de pagamento do funcionalismo – são 16 mil servidores, entre ativos e inativos. A outra alternativa, na concepção do sindicalista, seria usar a verba da “devolução de aproximadamente R$ 9 milhões” da Câmara.


Para o prefeito, o empecilho é que os dois caminhos de dinheiro citados que entrarão nos cofres públicos já estão comprometidos. Grana sinalizou que essa verba será para o custeio da cidade. “Por força da ampliação dos serviços apenas cobrirá despesas. Não estamos com sobra de recursos. Muito pelo contrário, há real situação de problema no fluxo de caixa, até para pagamentos, como no caso da Companhia Paulista de Teatro. O deficit (de R$ 117,3 milhões) que nós herdamos se materializou agora.”


Pavan rebateu as declarações ao mencionar que a classe não tem de arcar com ônus das mazelas praticadas pelos administradores.
 




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