Em reunião de quatro horas na segunda-feira, a bancada de governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), pressionou pela queda do secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

As críticas à atuação do tucano vêm aumentando na Câmara nas duas últimas sessões, quando questionamentos partiram de vereadores governistas. Há duas semanas, as reclamações partiram da dupla do PSB na Casa, Célio Boi e Vaguinho do Conselho. Na quinta-feira, de Reinaldo Meira (PR).

Na segunda-feira, vereadores cobraram do secretário e do prefeito melhorias em atendimentos e aprimoramento do canal de diálogo entre o Legislativo e a principal Pasta da administração municipal. São corriqueiras as reclamações de parlamentares sobre o fato de José Augusto não atender solicitações da Casa.

Houve, inclusive, bate-boca entre José Augusto e Vaguinho do Conselho durante o encontro, no momento em que o tucano divulgava plano de trabalho na Secretaria de Saúde. A discussão acalorada foi apartada por colegas do socialista na Câmara.

Lauro classificou a reunião como “saudável” e cobrou os vereadores. “Cabe à base de vereadores, além de defender o governo, ir para as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para ajudar a remodelar esse atendimento, não ter medo de cobrança da população.”

E, pela primeira vez, afirmou que o trabalho de José Augusto é alvo de olhar cauteloso do núcleo duro de governo. Até então, Lauro sempre defendeu o aliado, bancando sua permanência à frente da secretaria, independentemente de pressão externa. “Eles (oposição) criticam o Zé Augusto, dizem que é autoritário. Estamos de olho, ele tem competência e conhecimento. Queremos que ele faça trabalho de acordo com governo. Mas a gente está de olho, porque o olho do dono que engorda o boi.”