A Paróquia de São Marcos, na Rua Jacareana, no Itaim Paulista, recebeu muitos fiéis no domingo vestidos com a camisa do Palmeiras. Eles foram agradecer ao santo que inspirou o carinhoso apelido do goleiro palmeirense.

Realmente a torcida precisa agradecer aos santos, anjos e arcanjos pela vitória de sábado sobre o Atlético-PR. A atuação de Marcos foi sensacional; ele salvou pelo menos quatro gols feitos do adversário.

O Palmeiras teve vários bambambãs na partida. Souza esteve quase perfeito na marcação e apoio. Danilo se atrapalhou no gol do Atlético-PR e buscou força-extra para consolidar a vitória do Verde. Figueiroa fez o primeiro gol e participou do segundo. Marcou e apoiou muito bem.

A atuação de Marcos, no entanto, superou a tudo e a todos. A torcida gritava com razão, exaltando São Marcos. Não era o santo da paróquia do Itaim Paulista e, sim, aquele que se transformou em santo pela competência no seu ofício.

Depois do jogo, ele participou do meu programa Debate Bola, na rádio Transamérica, e bateu um longo papo conosco. Mais uma vez mostrou humildade e simpatia. Ouviu a transmissão de uma de suas mais espetaculares defesas aos 41 minutos do segundo tempo, em uma cabeçada de Geílson, depois de um escanteio.

Se depender de muita gente Marcos deverá ser convocado por Dunga pelo menos para compor o grupo de três goleiros brasileiros na Copa da África.

ANTIPROFISSIONALISMO

Chovia forte em Porto Alegre desde o sábado. Domingo o tempo piorou. O gramado do Beira-Rio estava impraticável. Mesmo assim, o árbitro Sandro Meira Ricci, do Distrito Federal, seguiu a risca a ordem que todos eles recebem. Fez o jogo ser realizado, mesmo sem condições.

O que se viu durante todo o mau tempo foi um péssimo futebol dos dois times. Até porque era impossível jogar. Por que não adiaram o jogo? Porque quem manda no futebol brasileiro precisava da transmissão para o Rio de Janeiro.