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A importância de valorizar a pesquisa

Seminário promete intensificar cooperação entre Estados Unidos e Brasil

Cláudio Conz
03/05/2012 | 00:00
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Como integrante do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República), tive a oportunidade de participar do Seminário Brasil - Estados Unidos: Parcerias para o Século XXI, que aconteceu na US Chamber of Commerce (Hall of Flags), em Washington - DC, nos Estados Unidos, no dia 9, com a presença da presidente Dilma Rousseff. Participaram do encontro colegas do CDES, acadêmicos, pesquisadores, empresários brasileiros e norte-americanos, que discutiram a possibilidade de ampliar a cooperação entre Brasil e Estados Unidos nas áreas de Educação e Negócios. Os países já estão compartilhando conhecimento, pesquisa científica e inovação. A intenção, segundo a presidente Dilma Rousseff, é de cooperação bilateral, especialmente em setores como biocombustíveis, petróleo e gás.

Durante o evento, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que o Brasil sabe o quanto é importante uma nação investir na Educação de seu povo e que o nosso País já pode ver os resultados - referindo-se ao programa brasileiro Ciência sem Fronteiras, apresentado pelo ministro Fernando Pimentel no mesmo encontro. Cerca de 555 bolsitas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação, selecionados pelo Ciência sem Fronteiras, estudam em universidades norte-americanas. Outros 1.000 seguirão para os Estados Unidos no segundo semestre - ao todo, o Brasil quer fazer com que 100 mil brasileiros façam mestrado e doutorado nas 50 melhores universidades do mundo.

O nosso País também deve receber grande número de cientistas e pesquisadores americanos, além de ter interesse em atrair investimento estrangeiro para os eventos esportivos que sediará em 2014 e 2016, entre outros.

É claro que o maior interesse dos Estados Unidos é ampliar o contato comercial para auxiliar o desenvolvimento de sua economia. Portanto, não é de se admirar que, de uma hora para outra, eles tenham decidido retomar o diálogo com o Brasil, principalmente em um momento em que as economias desenvolvidas estão passando por período difícil. O nosso País quer aproveitar o que os norte-americanos têm de melhor na Educação. Embora seja pouco divulgado, o Brasil vem sendo apontado como potência científica, formando mais de 12 mil doutores por ano. Ainda há desafios a serem enfrentados, como valorizar o mérito e a excelência científica. A própria iniciativa privada ainda investe muito pouco neste tipo de pesquisa, ao contrário do que acontece em outros países. Quem sabe agora, com este acordo de cooperação, as coisas comecem a mudar por aqui. 




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