A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) estima que 90% dos trabalhadores da categoria estejam em greve em todo o País.

Sexta-feira, os trabalhadores de São Paulo fizeram uma passeata pelas ruas do Centro da Capital.

Segundo o diretor de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Grande São Paulo – que abrange o Grande ABC – Ionildo Rodrigues, o movimento cresceu com a adesão de mais trabalhadores, incluindo funcionários de agências.

No Grande ABC, se estima que 80% da categoria estejam em greve. No CTC (Centro de Tratamento de Correspondência), que fica em Santo André e abastece toda a região, apenas os motoristas resistiram em participaram da mobilização.

Reunião - Na quinta-feira e sexta-feira, o comando nacional de negociações da classe buscou um entendimento com a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos). Contudo, nenhum acordo foi feito e a greve foi mantida em quase todo o Brasil.

Enquanto os trabalhadores querem a reposição das perdas salariais desde 1995, que é de 47%, R$ 200 de aumento nos salários e manutenção dos direitos sobre o plano de saúde, a ECT ofereceu apenas abono de R$ 400 e aumento de R$ 50 nos salários e só a partir de janeiro do ano que vem.

Segundo Rodrigues, o piso salarial da categoria é de R$ 540, que é a remuneração inicial do carteiro. “Só que no início deste ano, a chefia teve reajuste de 18%, o que deixou a classe ainda mais revoltada”, comentou o dirigente.

Entregas - Serviços como o Sedex estão suspensos em todo o País. Com a parada dos centros de triagem, tratamento e de correspondências, há atrasos nas entregas.