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Gibis para todas as idades

A paixão pelos quadrinhos passa de pai para filho; crianças se divertem e também aprendem

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
24/10/2021 | 10:02
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Claudinei Plaza/DGABC


Folhear as páginas coloridas, repletas de histórias e diversão é um costume e prática que se estende por inúmeras gerações nas famílias. Afinal, quem nunca se pegou mergulhando em uma boa história em quadrinhos? As tirinhas coloridas onde tudo pode ser possível.
Independentemente de idade, criação ou classe social, muitas pessoas são tão apaixonadas por essa arte que preenchem as estantes de casa com gibis, muito deles, raros e exclusivos.


Algumas pessoas chamam de gibis ou histórias em quadrinhos, basicamente, a diferença está no nome. Gibi é uma expressão brasileira e, geralmente, associada à publicações nacionais para o público infantil, como Turma da Mônica e o Menino Maluquinho. Já as histórias em quadrinhos estão mais associadas às publicações internacionais de heróis, ou com o mesmo estilo artístico.


De Santo André, Arthur Moreira Porto Ribeiro, 9 anos. começou a ler os gibis no ano passado e hoje, já soma mais de 100 livrinhos em sua coleção. “É fácil de ler e de entender. Os meus preferidos são da Turma da Mônica”, conta o garoto.


Mas, além de ler os sucessos do Mauricio de Sousa, que inclusive também celebra aniversário nesta semana (leia mais ao lado), Arthur produz os seus gibis, com histórias próprias e personagens muito divertidos.


“Meu primeiro gibi eu fiz desenhando, com bonecos de palitinho mesmo e colorindo cada página. O segundo já fiz por meio de um aplicativo, personalizando os personagens, criando os balões das falas e imprimi”, comenta.


Arthur já completou um gibi que conta uma história sobre um dia de faxina, com direito a personagem inspirado na sua família. “No começo, eu tinha quatro, cinco personagens criados para meus gibis, hoje são mais de 30”, detalha.


Para toda essa criação, Arthur se inspira, é claro, também nos personagens da Turma da Mônica. Ele pretende continuar a ler e desenhar.

Hábito de ler e acompanhar gibis vem da paixão dos pais

Isadora Gil da Silva, 7 anos, também de Santo André, é apaixonada por gibis. Mas, essa paixão e esse hábito pela leitura de tirinhas não veio do nada.
Segundo a menina, esse carinho com os gibis vem de família. Antes de começar a ler sozinha as histórias, os pais da Isa já liam os gibis juntos, até que a pequena continuou essa tradição de família.


“Todo mundo aqui em casa gosta e sempre gostou. Os gibis são divertidos. Eu gosto dos desenhos, das falas mais fáceis e claro, das histórias”, comenta Isadora. Os preferidos dela também são da Turma da Mônica, assim como o de Arthur.


Isa ainda está em processo de alfabetização, Mas se esforça para ler seus gibis para os pais. Ela mantém uma tradição que começou na outra geração.
“Além dos gibis, minha mãe colecionava os bonecos da Turma da Mônica, então, eu sempre acompanhei tudo deles”, conta Isa.

ORIGEM
A palavra gibi está totalmente ligada à história de revistas em quadrinhos no Brasil. A primeira que se destacou no Paísfoi a Tico-Tico, que surgiu lá pelo ano de 1905.

Mauricio de Sousa esbanja criatividade em suas obras

Aos 85 anos, e às vésperas de completar 86, Mauricio de Sousa, o grande responsável pela turminha mais famosa do Brasil – e talvez do mundo – a Turma da Mônica, continua sendo um grande fenômeno para as crianças, seus pais e toda família. 

Na quarta-feira ele completa 86 anos de muita criatividade. Maurício é cartunista, empresário e escritor brasileiro. Além disso, é também membro da Academia Paulista de Letras.

Recentemente, Mauricio criou os personagens Tikara e Keika, que foram incorporados às histórias da Turma da Mônica, lá no Japão. Hoje, entre suas histórias em quadrinhos e tiras de jornais – inclusive aqui no Diarinho –, suas criações podem chegar a cerca de 50 países. O autor também já chegou a 1 bilhão de revistas publicadas.

Seu primeiro gibi (foto ao lado) custava R$ 0,90, e chama Mônica e a Sua Turma. Ele foi lançado em 1970 e até então a turminha era conhecida somente pelas tiras nas páginas de jornais na época, mas depois, ganharam seu próprio espaço. 

Mas, a protagonista de vestido vermelho não foi a primeira a ser criada. Maurício de Sousa, o pai dessa turma, começou sua saga com o cãozinho Bidu e Franjinha, lá pelos anos de 1959. Um ano depois, em 1960, nasceram então a Mônica e Cebolinha, que gradualmente ganharam mais destaque nas narrativas de Mauricio.




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