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Torcida do Ramalhão faz 40 anos e restaura bandeiras dos anos 80

Tuda manteve material original das peças, guardadas havia anos em galpão e que, agora, após 25 anos proibidas, podem voltar aos estádios

Heitor Agrício
Especial para o Diário
18/10/2021 | 00:42
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Claudinei Plaza/DGABC


Uma das torcidas mais antigas do Grande ABC, a Tuda (Torcida Uniformizada Dragão Andreense), do Santo André, recebeu um presente em comemoração aos 40 anos de fundação, celebrados no início de setembro: duas bandeiras da década de 1980 totalmente restauradas. A iniciativa faz parte de parceria com o Acervo – Torcidas de Santo André, projeto de memória que tem como foco recordar momentos dos apoiadores do EC Santo André.

As bandeiras estavam guardadas havia anos em um galpão de um dos fundadores da uniformizada, assim como outros pertences da torcida. Em conversa sobre o resgate da memória do clube surgiu a ideia de fotografar as bandeiras antigas. Ao verem o estado em que se encontrava parte desses itens, foi sugerida a restauração de alguns deles para presentear a uniformizada pelo aniversário de quatro décadas.

O processo de restauração começou com a escolha de duas bandeiras que apresentavam estado ao qual era possível trabalhar sem danificar o tecido original. Após juntarem os pedaços das peças, foram então lavados e entregues a uma costureira para fazer o trabalho de recuperação.

Regina Célia Bargmann, profissional da costura e que atualmente trabalha com produção de máscaras, foi a responsável por deixar as peças iguais às antigas, que haviam sido confeccionadas pelos dragões quatro décadas antes. Não houve acréscimo de detalhes, o que fez com que o material ficasse o mais próximo do original, visando não somente a reparação dos produtos, mas manter o valor histórico carregado pelos exemplares da torcida andreense.

RETORNO
Após 25 anos proibidos nos estádios paulistas, em setembro foi aprovada a volta da manipulação dos bandeirões aos jogos no Estado de São Paulo. Com a autorização, integrantes da torcida andreense se preparam para levar os antigos itens, agora restaurados, para enfeitar o espaço dos torcedores nos embates do Paulistão de 2022, quando o Ramalhão mais uma vez disputa a elite do futebol estadual. “Nós pretendemos levá-las ao estádio, são bandeiras históricas e marcaram outra geração. Estamos muito animados com a volta delas. Além disso, esta nova geração ainda não teve o prazer de balançar bandeirões em jogos. Particularmente estou ansioso demais”, diz Airton Galdi, diretor de patrimônio da uniformizada.

Sobre o elenco para o ano que vem, ele revela que há expectativas por time competitivo. “Que os jogadores venham para jogar com amor e honrar a camisa. Quanto à comissão técnica, desejo sorte ao Thiago Carpini e que ele possa trabalhar e ajudar a desenvolver a equipe.” Em relação ao Bruno Daniel, diz que espera que o estádio esteja pronto para receber o Ramalhão nos confrontos do Paulistão. 




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