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Ânimos sobem em São Caetano
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
30/12/2020 | 00:12
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A proximidade da eleição para a mesa diretora, marcada para sexta-feira, deflagra a estratégia de nomes da política de São Caetano. Embora publicamente diga que vai aguardar a decisão da Câmara, o ex-prefeiturável Fabio Palacio (PSD) tem dialogado, ou pelo menos tentado, com os vereadores. Seu grupo emplacou quatro parlamentares na eleição do dia 15 de novembro – Jander Lira (DEM), Américo Scucuglia (PTB), César Oliva (PSD) e Ubiratan Figueiredo (PSD) –, quantidade insuficiente para eleger o presidente, que, consequentemente, administrará interinamente a Prefeitura. Palacio propôs cafés com os vereadores Daniel Cordoba (PSDB), Cicinho (PL) e Professor Rodnei (Cidadania), todos eleitos no arco de aliados do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB). O trio evitou o encontro neste momento. Outros dois parlamentares eleitos no bloco tucano toparam conversar com Palacio, casos de Caio Salgado (PL) e Marcos Fontes (PSDB), mas também evitaram aderir ao pessedista.

Vidoski e Parra
O vice-prefeito de São Caetano, Beto Vidoski (PSDB), entregou ontem o diploma de vereador eleito no pleito do dia 15 de novembro. Seu registro de candidatura foi liberado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) depois do pleito e, assim, seus 1.921 votos foram validados posteriormente. O juízo eleitoral da cidade evitou diplomar Vidoski inicialmente, dando o documento para Edison Parra (Podemos). Com a confirmação dos votos de Vidoski, Parra perde a cadeira.

Parra e Vidoski
À coluna, Edison Parra (Podemos) informou que sua defesa ingressou na semana passada com agravo regimental junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na tentativa de reverter a decisão favorável a Beto Vidoski (PSDB) no TRE-SP. A expectativa é de julgamento do pedido em fevereiro. Parra alega ser o detentor, por direito, da cadeira no Legislativo.

Eleição em São Bernardo – 1
Na Câmara de São Bernardo, o assunto presidência da casa também domina os diálogos. Com a confirmação da ida dos vereadores Pery Cartola (PSDB), Alex Mognon (PSDB) e Hiroyuki Minami (PSDB) para secretarias no governo de Orlando Morando (PSDB), fica reduzido o leque de nomes tucanos para a função.

Eleição em São Bernardo – 2
A despeito de a bancada tucana ter dez nomes, raros são os com experiência e habilidade política para presidir a Câmara de São Bernardo. Dos futuros vereadores, Estevão Camolesi (PSDB) surge como uma rara alternativa. Mas ele é visto com desconfiança pelos colegas. Há quem relembre polêmico episódio em 2010. À época, a Prefeitura era administrada por Luiz Marinho (PT) e o candidato governista era Tião Mateus (PT). Camolesi teria se comprometido com o então articulador do Paço, José Albino (PT), a votar em Tião, mas cravou voto em Minami. Dias depois, durante votação de projetos, foi à tribuna para dizer que o candidato a presidente da casa de seu coração era Tião. Ninguém entendeu nada. Mas a desconfiança foi plantada.

Eleição em São Bernardo – 3
Diante da indefinição dentro do tucanato de São Bernardo, figuras da base de sustentação do prefeito Orlando Morando (PSDB) se colocam à disposição para comandar o Legislativo. Fran Silva (PSD) e Gordo da Adega (Republicanos) são figuras do bloco aliado. Aurélio Bacelar de Paula (PSDB) também deixou escapar que pode ser candidato se o governo assim quiser.

Encaminhamento
As mais recentes acomodações feitas pelo prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), em especial a confirmação do vereador Edson Sardano (PSD) para ser secretário de Segurança Pública, encaminhou bem a recondução de Pedrinho Botaro (PSDB) para presidir a Câmara no próximo biênio. Sardano tinha colocado seu nome à disposição e era forte no páreo. Outra peça movida pela gestão tucana que abre caminho para Pedrinho foi o convite feito pelo prefeito para que o vereador Professor Jobert Minhoca (PSDB) seja líder do governo na casa a partir do ano que vem.




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