De 27 de novembro a 26 de dezembro foram 15.270 infecções; do 1º caso até 22 de junho ocorreram 14.733
Dados da SP Covid Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), indicam que o Grande ABC registrou, nos últimos 30 dias, mais casos de Covid-19 do que nos 100 primeiros dias da pandemia na região. De 27 de novembro a 26 de dezembro foram 15.270 pessoas infectadas. Entre os dias 15 de março, quando foi confirmado o primeiro paciente com a doença, e 22 de junho, foram 14.733 contaminados. Com relação às mortes, o cenário é diferente. Foram 964 óbitos nos primeiros 100 dias da pandemia, contra 438 no último mês.
A região chegou ontem à marca de 97.693 pessoas contaminadas e 3.432 vítimas fatais. São Bernardo continua como o município com mais casos da doença, 38.614. Tem também mais mortes ocasionadas pela Covid-19, 1.176. Santo André contabiliza 28.602 pacientes infectados e 844 óbitos; Diadema tem 12.550 pessoas contaminadas e 553 perdas; Mauá totaliza 8.095 casos e dez mortes; São Caetano tem 6.032 infectados e 307 vítimas fatais; Ribeirão Pires contabiliza 3.006 casos e 113 óbitos; e Rio Grande da Serra tem 794 registros da doença e 29 mortes.
No Estado os casos confirmados nos últimos 30 dias também são mais numerosos do que o total de infecções registradas nos primeiros 100 dias da pandemia. Foram 196.909 pessoas infectadas no último mês, contra 129.200 entre 26 de fevereiro e 4 de junho. No total, o Estado já tem 1.426.176 casos confirmados e 45.863 mortes em decorrência da doença. Entre o total de casos diagnosticados de Covid-19, 1.260.722 pessoas estão recuperadas, sendo que 152.839 foram internadas e tiveram alta hospitalar. As taxas de ocupação dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) são de 65,6% na Grande São Paulo e 61,1% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.648, sendo 5.806 em enfermaria e 4.842 em UTI, até às 11h de ontem.
Na tentativa de frear o avanço das contaminações, o governo estadual determinou uma fase vermelha emergencial entre os dias 25 e 27 de dezembro e em 1º, 2 e 3 de janeiro, quando só serviços essenciais, como saúde e alimentação, podem funcionar. O objetivo é reduzir a circulação de pessoas. No entanto, conforme o Diário mostrou ontem, em diversos centros comerciais da região, lojistas ignoraram a determinação e abriram seus comércios. Em todo o País, já são 7.484.285 de casos confirmados e 191.139 mortes. Segundo o Ministério da Saúde, 6.515.370 se recuperaram.
Neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Wanderley Cerqueira de Lima, explicou que o aumento de casos se deve ao fato de que as pessoas relaxaram. “A realidade é que todo mundo saiu mais, e o fator de aumento de transmissão é este”, avaliou. Segundo o especialista, os idosos tendem a ter mais cuidados do que os jovens, o que explicaria o fato de a taxa de contaminação estar maior em pessoas de até 39 anos. “A mortalidade, porém, caiu porque a área da saúde está mais treinada, todos as pessoas estão mais informadas e aprenderam a lidar melhor com a doença”, pontuou.
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