Setecidades Titulo Covid no Grande ABC
Em um mês, mais casos do que em 100 dias

De 27 de novembro a 26 de dezembro foram 15.270 infecções; do 1º caso até 22 de junho ocorreram 14.733

Aline Melo
Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
28/12/2020 | 00:01
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André Henriques/DGABC


Dados da SP Covid Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia gerida por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista), da USP (Universidade de São Paulo) e do Cemeai (Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria), indicam que o Grande ABC registrou, nos últimos 30 dias, mais casos de Covid-19 do que nos 100 primeiros dias da pandemia na região. De 27 de novembro a 26 de dezembro foram 15.270 pessoas infectadas. Entre os dias 15 de março, quando foi confirmado o primeiro paciente com a doença, e 22 de junho, foram 14.733 contaminados. Com relação às mortes, o cenário é diferente. Foram 964 óbitos nos primeiros 100 dias da pandemia, contra 438 no último mês.

A região chegou ontem à marca de 97.693 pessoas contaminadas e 3.432 vítimas fatais. São Bernardo continua como o município com mais casos da doença, 38.614. Tem também mais mortes ocasionadas pela Covid-19, 1.176. Santo André contabiliza 28.602 pacientes infectados e 844 óbitos; Diadema tem 12.550 pessoas contaminadas e 553 perdas; Mauá totaliza 8.095 casos e dez mortes; São Caetano tem 6.032 infectados e 307 vítimas fatais; Ribeirão Pires contabiliza 3.006 casos e 113 óbitos; e Rio Grande da Serra tem 794 registros da doença e 29 mortes.

No Estado os casos confirmados nos últimos 30 dias também são mais numerosos do que o total de infecções registradas nos primeiros 100 dias da pandemia. Foram 196.909 pessoas infectadas no último mês, contra 129.200 entre 26 de fevereiro e 4 de junho. No total, o Estado já tem 1.426.176 casos confirmados e 45.863 mortes em decorrência da doença. Entre o total de casos diagnosticados de Covid-19, 1.260.722 pessoas estão recuperadas, sendo que 152.839 foram internadas e tiveram alta hospitalar. As taxas de ocupação dos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) são de 65,6% na Grande São Paulo e 61,1% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.648, sendo 5.806 em enfermaria e 4.842 em UTI, até às 11h de ontem.

Na tentativa de frear o avanço das contaminações, o governo estadual determinou uma fase vermelha emergencial entre os dias 25 e 27 de dezembro e em 1º, 2 e 3 de janeiro, quando só serviços essenciais, como saúde e alimentação, podem funcionar. O objetivo é reduzir a circulação de pessoas. No entanto, conforme o Diário mostrou ontem, em diversos centros comerciais da região, lojistas ignoraram a determinação e abriram seus comércios. Em todo o País, já são 7.484.285 de casos confirmados e 191.139 mortes. Segundo o Ministério da Saúde, 6.515.370 se recuperaram.

Neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, Wanderley Cerqueira de Lima, explicou que o aumento de casos se deve ao fato de que as pessoas relaxaram. “A realidade é que todo mundo saiu mais, e o fator de aumento de transmissão é este”, avaliou. Segundo o especialista, os idosos tendem a ter mais cuidados do que os jovens, o que explicaria o fato de a taxa de contaminação estar maior em pessoas de até 39 anos. “A mortalidade, porém, caiu porque a área da saúde está mais treinada, todos as pessoas estão mais informadas e aprenderam a lidar melhor com a doença”, pontuou. 




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