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Conselho do Azulão ameaça romper com gestão do futebol

Atrasos nos pagamentos, dívida e maus resultados colocam em xeque sequência da São Caetano Futebol Ltda à frente do time

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
12/12/2020 | 00:47
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DGABC


Acabou a paciência do conselho deliberativo do Azulão com a São Caetano Futebol Ltda, que gere o futebol do clube. As dívidas de salário, o aumento da dívida e os vexames dentro de campo foram determinantes para que os conselheiros tomassem atitude: na segunda-feira a empresa gestora receberá notificação para deixar o espaço que ocupa na sede social do clube, bem como realizar rescisão amigável do contrato, devolvendo o controle do time para que a AD São Caetano possa negociar com outro parceiro.

De acordo com o presidente do conselho azulino, Antônio de Padua Tortorello, a única forma de uma mudança no rumo da situação é o presidente da São Caetano Futebol Ltda, Nairo Ferreira de Souza, fechar com alguma empresa que possa bancar financeiramente a equipe e sanar as dívidas.

“A notificação será feita na segunda-feira. A limitada é empresa particular e não pode usar prédio público, vai ter de alugar espaço para se instalar”, explicou. “Temos contrato com a limitada até 2027, mas está deixando a desejar faz um ano, não está cumprindo com os requisitos para bom desempenho do futebol. São pagamentos atrasados, dívidas... Não podemos ficar nessa situação que funcionário não recebe, jogador não recebe e não entra em campo e dá WO, resultados vexatórios de 9 a 0, 6 a 0... É uma vergonha. Então vai ser notificado para desocupar e para eventual rescisão amigável”, emendou Antônio de Padua Tortorello, que desde abril está também na presidência do clube social em razão da não realização das novas eleições, canceladas por causa da pandemia. O novo pleito já tem data: 25 de janeiro.

O líder do conselho ainda faz questão de esclarecer que essa não é medida definitiva e está condicionada a uma contrapartida da São Caetano Futebol Ltda e Nairo Ferreira de Souza. “Se não houver outra patrocinadora imediatamente para tocar o futebol, vamos entrar com ação de rescisão. Se der certo, a gente cancela”, explicou Padua, que admite a possibilidade de estender o prazo desta rescisão caso seja apresentada solução. “Nem conselho, nem torcedor, nem dirigentes municipais estão satisfeitos com o que está acontecendo. O São Caetano não pode ficar nessa situação. Se a gente romper com a limitada, fica mais fácil (negociar com outra empresa para gerir o futebol).”

Nairo Ferreira de Souza, por sua vez, afirmou que está com duas situações “bem engatilhadas” para assumir o posto de parceiro do Azulão, que a partir de janeiro disputará o Campeonato Paulista da Série A-1. Segundo o dirigente, existem inclusive auditorias sendo feitas no clube com pessoal destes possíveis investidores. “É um pessoal aqui do Brasil. E não tem nada de trazerem treinador nem nada. Será simplesmente pela dívida. Daí para frente vai montar equipe de trabalho. Espero que antes do Natal possamos ter novidade”, disse Nairo.

Nos últimos meses, diversas empresas e investidores se aproximaram do Azulão, mas ou os negócios não prosperaram ou foram cancelados pouco depois pelos mais diversos motivos, principalmente financeiros e/ou por conflitos com a gestão.  




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