Quando o consumidor do Grande ABC passa pelas prateleiras de leite e vê que o preço caiu 0,52% na última semana, ele acredita que vai tomar o seu café-da-manhã sem se sentir mais uma vez lesado pelos excessivos aumentos. Entretanto, é só seguir para os próximos itens da lista de compras que o bolso aperta.

O custo do café, por exemplo, registrou alta de 0,86%. O açúcar encareceu 0,21% e registrou preço médio na região de R$ 1,17 o quilo.

Para agravar ainda mais o custo, o preço do pãozinho francês nos supermercados da região está 3,27% mais caro.

Pão - Segundo levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o valor do pão reagiu, principalmente, à crise de abastecimento de trigo.

Um dos culpados pela fase crítica é a Argentina – principal fonte de importações do País.

Segundo especialistas do ramo, o País limitou as compras brasileiras alegando que quer proteger o mercado interno. Além disso, começou a cobrar mais caro pelo produto, em relação ao ano passado.

E se os consumidores já reclamam, a previsão é de que os preços subam ainda mais nos próximos meses. De acordo com o Sindipan-SP (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de São Paulo), as padarias deverão reajustar em até 10% o valor do produto neste semestre.

Almoço e janta - A refeição do dia-a-dia também pesa mais no orçamento do consumidor. O custo da carne bovina de segunda aumentou 5,82%, já o do frango subiu 4,87%.

Apenas o quilo do feijão carioca e do arroz está mais barato – os preços recuaram, respectivamente, 4,47% e 3,91%.