Política Titulo Inaugurado em 2008
Quarteirão da Saúde completa 12 anos cercado de promessas

Complexo de saúde em Diadema vive dilema sobre ser hospital de campanha

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
27/05/2020 | 00:01
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O Quarteirão da Saúde, principal complexo hospitalar de Diadema, completou ontem 12 anos de inauguração cercado de promessas que não saíram do papel e sob a alcunha de ser subutilizado. Na última década, o equipamento foi predestinado a receber unidade de um dos principais centros de reabilitação para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida do Estado que nunca chegou a se concretizar e, agora, vive dilema sobre abrigar hospital de campanha em meio ao avanço da pandemia de Covid-19.

O complexo, de cerca de 20 mil metros quadrados, foi inaugurado com pompas em 26 de maio de 2008, pelo então prefeito José de Filippi Júnior (PT), ao lado do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O projeto custou R$ 70 milhões à época e, como nos dias atuais, a morosidade na concretização das promessas envolvendo o equipamento não era diferente. “Eu pensei que a gente fosse inaugurar em 2005, mas não foi possível. Em 2006 também não foi. Veio 2007 e o Filippi toda vez ligava, dizendo que estava faltando um pouquinho de dinheiro”, brincou Lula durante megaevento de inauguração que atraiu milhares de pessoas.

Naquela época, Diadema contava com o já arcaico Hospital Municipal de Piraporinha e o também deteriorado pronto-socorro central, que foi transferido para o Quarteirão e onde funciona até os dias atuais. A chegada de um equipamento novo, custeado com auxílio do governo Lula e no auge da distribuição de recursos federais para obras nos municípios – naquele ano foi criado o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) –, coincidiu com a vitória, no mesmo ano, do candidato petista à sucessão, Mário Reali, ainda no primeiro turno.

Nos últimos sete anos, o Quarteirão foi taxado de “elefante branco” pelo próprio prefeito Lauro Michels (PV), para quem o custo do equipamento não compensa os serviços ofertados. O verde, então, passou a prometer unidade do Centro de Reabilitação Lucy Montoro, gerido pelo Estado, e que seria instalado no segundo andar do equipamento. A promessa segue no papel. Mais recentemente, o verde passou a defender que, no mesmo espaço, fossem instalados novos leitos para atender infectados pelo coronavírus. Outra promessa que ainda é apenas discurso. 




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