Política Titulo Diadema
Lauro propõe reajuste de 2019, mas servidores rejeitam

Às vésperas do início de nova campanha salarial, Paço oferece 3,94%

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
07/03/2020 | 00:01
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Divulgação


Depois de um ano do início da campanha salarial de 2019, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), apresentou proposta de reajuste salarial aos servidores públicos referente ao exercício passado, de 3,94% parcelados. Porém, em assembleia no Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), a categoria rejeitou a oferta.

No ano passado, o funcionalismo de Diadema ficou sem aumento e a mesa de negociação se arrastou por diversos meses. O argumento do Paço diademense para apresentar reajuste zero era o de que os gastos com folha de pagamento haviam ultrapassado o limite prudencial de despesas com pessoal fixado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), de 51,3% da RCL (Receita Corrente Líquida), embora o Sindema contestasse alegando que o parâmetro correto seria o de não estourar o limite máximo, de 54%.

A proposta de 2019 foi entregue ontem à direção do Sindema, às vésperas de o funcionalismo aprovar a pauta de reivindicação da campanha salarial deste ano, já que a data-base dos servidores na cidade é março. De acordo com o sindicato, a Prefeitura propôs fatiar o índice da reposição da inflação (de março de 2018 a fevereiro de 2019) em quatro prestações de 0,985%, sendo a primeira parcela a ser paga em abril, a segunda, em julho, depois setembro e, por último, dezembro.

Embora pleiteie aumento pouco acima do ofertado, de 4%, a categoria decidiu rejeitar a proposta por unanimidade, em assembleia com cerca de 150 servidores. Esse índice, inclusive, deve se acumular ao que for reivindicado para este ano, também estimado em 4%.

No ano passado, os servidores chegaram a aprovar estado de greve diante da proposta de aumento zero. Oficialmente, a direção do Sindema não fala em paralisação, apesar do acúmulo dos reajustes de dois períodos. A próxima reunião com o Paço está marcada para quinta-feira, quando também ocorrerá outra assembleia no Sindema.

GREVE NACIONAL
A assembleia de ontem serviu ainda para a categoria aprovar adesão à greve nacional dos servidores públicos, marcada para o dia 18. A paralisação visa protestar contra a reforma administrativa a possíveis mudanças propostas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao funcionalismo público. 




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