Vizinhos do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, têm de tomar cuidado ao caminhar pela calçada da rua Maranhão, no bairro Santa Paula, onde mora o prefeito. O calçamento, completamente destruído, dificulta a passagem de pedestres há dois anos, segundo moradores locais.

Segundo a dona-de-casa Neyde Sibulka, sua caminhada matinal está prejudicada. “Quando chego na altura do número 400, atravesso a rua ou ando no meio dos carros. Minha irmã, que tem problemas no joelho, tem receio em percorrer a rua Maranhão.”

O terreno, segundo moradores e comerciantes locais, é propriedade da Encol, construtora do ex-deputado Sérgio Naya, condenado pela Justiça depois que edifício Palace II, no Rio de Janeiro, ter desabado em 1998 devido a problemas estruturais. A obra em São Caetano estaria parada desde então. Desde então, a calçada  não teve qualquer tipo de manutenção.

Para o comerciante Fernando Monteiro Lobato, a esperança é que a rua esteja no cronograma de reformas do calçamento da cidade. “A Prefeitura está consertando as calçadas do bairro e acho que devem fazer o mesmo na rua Maranhão”, afirma.

Até lá, a orientação é que os moradores façam uma reclamação formal à administração que, só assim, poderá acionar o proprietário do terreno. Feito esse procedimento, a Prefeitura dá um prazo de 30 dias para a solução do problema.

Reforma – Segundo informações divulgadas no site oficial de São Caetano, a padronização das calçadas vai atingir todos os bairros da cidade. A prioridade é atender locais de maior degradação primeiro. Os novos passeios seguem os padrões estabelecidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com 1,2 metro de largura e rebaixamento de guias para facilitar a passagem de idosos e deficientes físicos. De acordo com a Diretoria de Serviços Municipais, a rua Maranhão está na lista das vias que vão receber a melhoria. No entanto, a Prefeitura informa que o projeto está parado. Procurado pela reportagem por três dias consecutivos, o diretor de Serviços Municipais de São Caetano, Dorival Fernandes, não se manifestou.