Adversário forte no caminho do Corinthians em 2006 foi sinal de derrota. Neste domingo, o alvinegro quer mostrar diante do Cruzeiro, às 16h, no Mineirão, que este triste histórico ficou para trás. Desde a chegada do técnico Paulo César Carpegiani, há 25 dias, a equipe ganhou confiança e só fala em arrancada, seqüência de vitórias e briga pela ponta da tabela. Mas ninguém ganha somente com discursos. Os corintianos terão de provar sua força dentro de campo. Apesar de estar em formação, o elenco adotou discurso otimista após a vitória sobre o Juventude por 1 a 0, na abertura do Nacional.

A vantagem em relação a jogos anteriores é o fato de, após quase dois anos, a escalação ser repetida em dois jogos seguidos. "Isso ajuda bastante. E iremos ao Mineirão para ganhar, respeitando o rival, mas o agredindo, buscando os gols", disse Carpegiani, sem demonstrar constrangimento em seu discurso. Pessimismo não faz parte de suas palavras.

Seu modo de trabalhar o lado psicológico dos atletas – se dará certo ou não só o tempo dirá – contagiou o elenco. Até Finazzi, em geral defensivo nas palavras, adotou novo discurso. "Um empate teoricamente seria bom, mas para time com a grandeza do Corinthians, seria ruim. Vamos achar um brecha, surpreender e trazer os três pontos", disse o atacante.

Embora seja considerado um adversário forte para o Corinthians, o Cruzeiro tenta se reerguer no Brasileirão. A vitória sobre o Timão é encarado como o primeiro passo para o time adquirir autoconfiança e respeito dos adversários. Depois do empate por 2 a 2 com o Fluminense, no Maracanã, na primeira rodada, os jogadores tiveram uma semana puxada de treinamentos imposta pelo técnico Dorival Júnior. "Precisamos o quanto antes buscar um resultado positivo para que a equipe possa adquirir uma confiança maior", destacou o técnico Dorival, ex-treinador do São Caetano, destacou que o Corinthians do Brasileirão sofreu muitas mudanças em relação à equipe do Campeonato Paulista.