Para uns, o imponente conjunto de pedras que chegam a pesar mais de 20 toneladas, dispostas em forma de círculo, descende de um papel esotérico: servia como uma base de emergência para pouso de discos voadores. Outros asseguram que o mago Merlin utilizou as habilidades mágicas para transportar os enormes blocos megalíticos até o local onde hoje se encontram, cumprindo uma distância de 400 km.

Estudos apontam o lugar como um templo onde eram realizadas cerimônias religiosas em glorificação ao Sol e demais astros, além de louvação às substâncias essenciais da Terra e à fertilidade. De comprovado, sabe-se apenas que a área era utilizada para sepultar corpos e o mais intrigante: que a distribuição ordenada das pedras indica a realização de observações astronômicas. Tal hábito aplicava-se a previsões de solstício, eclipses, equinócios e outros fenômenos.

Envolto em tantas lendas e mistérios, o lugar atrai até quem não acredita em nada disso mas está interessado em apreciar as impressionantes rochas. As ruínas são de cair o queixo. Neste caso, a face mística da região funciona como um tempero a mais, elevando Stonehenge à condição de mais importante conjunto arqueológico do gênero na Europa, sempre cercado de mistérios e dúvidas.

Há, porém, uma certeza: foi construído há mais de 3 mil anos. Hoje, são mais de meio milhão de visitantes anuais, que transformaram a atração em um dos principais pontos turísticos do Reino Unido. Entre eles, estão turistas que se admiram com a magnitude das pedras, que chegam a pesar 20 toneladas; ufólogos que defendem a teoria de que o lugar serviu como referência para pouso de discos voadores; e místicos atraídos pelas lendas dos druidas que ali faziam cerimônias religiosas.

Quem estiver em Londres pode optar por fazer uma excursão que dura o dia inteiro. Sai a partir de US$ 70 por pessoa. O monumento é formado por círculos de pedras monolíticas que vão diminuindo de tamanho até o centro, onde fica o altar. Devido à disposição dos círculos, que podem prever o dia mais longo do ano, a visita fica mais concorrida na época do solstício de verão.

Para caminhar por entre as enormes pedras, é preciso marcar o passeio com pelo menos um dia de antecedência. Ou então, o visitante terá de se contentar em observar o templo do lado de fora. O tour pelo interior acontece uma hora antes da abertura para o público, e o acesso custa cerca de US$ 12 (só o ingresso custa US$ 6). Stonehenge fica aberta a visitação das 9h às 19h durante o verão; e das 9h30 às 16h no inverno.

Nas redondezas do monumento principal de Stonehenge encontram-se outras obras não menos intrigantes, como os círculos que aparecem nas plantações. Já se vão mais de 20 anos desde que estes misteriosos desenhos começaram a aparecer nas imediações, assim como em outros pontos da Inglaterra. Não há ainda uma explicação a respeito do significado e tampouco da autoria dos círculos. Ufólogos ligam o fenômeno a aparições de discos voadores. O mais impressionante é a simetria precisa e as formas elaboradas.

Estimativas dão conta de que já foram encontradas cerca de 10 mil destas formações, sendo mais de 90% na região de Stonehenge. Deste número, a grande maioria apareceu nas imediações de Stonehenge, fomentando ainda mais a face misteriosa do monumento de pedra. Uma outra curiosidade é que a cada ano aparecem formas diferentes que tomam conta dos campos. Mistério pouco é bobagem.