O ministro indiano das Relaçoes Exteriores, Jaswant Singh, disse a seu colega paquistanês, Sartaj Aziz, que Islamabad deve respeitar a ``inviolabilidade da Linha de Controle', informou a agência de notícias United News of India. A agência atribuiu a fontes oficiais a informaçao de que Singh demonstrou a indignaçao da India pelo fato de que seis de seus soldados foram torturados e seus corpos mutilados. Os restos foram entregues pelas autoridades paquistanesas, que negaram que seus soldados estivessem implicados em suas mortes.

A visita de um dia de Aziz foi marcada por diversas manifestaçoes contra o Paquistao. Centenas de policiais antimotim interceptaram os manifestantes, que se dirigiam à embaixada paquistanesa. No protesto, queimaram fotos e efígies de Aziz e do primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif.

Na Cachemira, o exército indiano continuou a bombardear posiçoes de militantes que a India denunciou como soldados paquistaneses apoiados por guerrilheiros voluntários. Funcionários em Srinagar disseram que as tropas se combatiam corpo a corpo para recapturar as geladas montanhas na regiao de Babalik.

A India disse que os invasores cruzaram, no mês passado, a linha de trégua nao demarcada perto de Kargil e ocuparam 102 quilômetros quadrados da regiao de Cachemira controlada pela India. O exército indiano iniciou um bombardeio de artilharia há duas semanas, em apoio a uma ofensiva por terra.

A India e o Paquistao se enfrentaram em três guerras, duas delas pela Cachemira, desde que se tornaram independentes da Gra-Bretanha em 1947. A India controla dois terços do território e o Paquistao o restante.