Em São Caetano, 267 pessoas com mais de 65 anos vão voltar a trabalhar. Elas foram selecionadas pela Prefeitura para o Programa Agente Cidadão Sênior, um projeto de recolocação no mercado de trabalho. com o objetivo de incentivar e melhorar a qualidade de vida da terceira idade.

Dos idosos selecionados para participar do programa, a maioria (150) começou ontem a trabalhar na função de agente acolhedor na Educação. Outros 50 foram para a área da Saúde e os 67 restantes fazem parte do cadastro reserva.

Responsável pelo programa, a coordenadora do Comtid (Coordenadoria Municipal da Terceira Idade), Marisa Catalão, explica que os participantes vão trabalhar de segunda-feira a sexta-feira, recebendo um salário mínimo e uma cesta básica.

“Inicialmente, os selecionados vão trabalhar por 12 meses para o município. Mas o contrato pode ser renovado no próximo ano”, explica Marisa.

EXEMPLO

Para o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior – que esteve presente na cerimônia de lançamento do projeto, no domingo –, o programa servirá de exemplo de tratamento de idosos para outras cidades do País, muitas das quais acabam excluindo as pessoas dessa faixa etária. “Vamos levar a nossa iniciativa à Brasília. O programa servirá de exemplo para todo o País e todos verão como se faz a terceira idade feliz”, diz o prefeito.

Auricchio explica ainda que o projeto, inspirado em uma viagem ao Exterior – onde a população idosa já está ocupando postos de trabalho –, deverá formar novas turmas e ser ampliado a cada ano.

TREINAMENTO

Na semana passada, os agentes cidadãos sêniores participaram de um período de capacitação no auditório da Semef (Segunda Escola Municipal de Ensino Fundamental).

No local, os novos funcionários receberam um treinamento completo e orientações para o cargo, além de noções de primeiros socorros e do funcionamento interno da Prefeitura.

Ainda com muito pique e contentes com a nova função, eles contam que o projeto vai contribuir com muito mais do que as autoridades prevêem. “A minha felicidade é enorme”, conta Josefa de Jesus Pires, de 67 anos. “Estou sem trabalhar desde os 16, desde quando me casei. De lá para cá, só cuidei da casa, do marido e dos filhos. Quando soube do projeto me inscrevi, fui selecionada e agora o que eu conseguir é lucro.”