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A capela de Sertãozinho sobrevive. Nas fotos do Diário

Nessa história trágica da demolição da capela de Sertãozinho, em Mauá, uma notícia chamou a atenção: a comunidade pretende reconstruir a capela

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
18/11/2008 | 00:00
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Nessa história trágica da demolição da capela de Sertãozinho, em Mauá, uma notícia chamou a atenção: a comunidade pretende reconstruir a capela, em ponto o mais seguro possível, distante das idéias demolidoras dos que não têm qualquer relação afetiva com a história local.

Daí porque publicamos as duas fotografias de hoje, a primeira feita em 1976, dentro da série A História dos Bairros, do Diário, e a outra repetida em 2006, já com uma outra capela ao lado, quando o Museu de Mauá expôs o ontem e o hoje: as capelas de Nossa Senhora Aparecida e de São Sebastião. Que as imagens possam auxiliar no projeto de reconstrução da capela.

A capela demolida registra a história de um dos pontos referenciais do Grande ABC, o Sertão dos Beber, que aparece já nos mapas do final do século 19. Mais recentemente, a capelinha marcava a história de um loteamento popular, Vila Carlina. E desde os anos 1970 aparecia marcada para ser derrubada, em função da passagem do Rodoanel, que já teve outros nomes.

Em 1986 uma comissão chamada Comissão Memória de Mauá esteve com o prefeito Leonel Damo, que prometeu manter a capela. De volta ao governo, Damo não cumpriu o prometido, a Igreja deu de ombros, o Rodoanel nem chegou, e a capelinha foi destruída. Melancolicamente. Ficaram as imagens que o Diário preservou.

CRÔNICA DO DIA GUIDO FIDELIS
Tempo é um grande paradoxo. Para Santo Agostinho, é um agora que não pode ser detido. Se isso acontecesse não seria tempo. É um será que não é. Não tem dimensão: quando vamos apressá-lo, ele se desvanece.

Negócio é aproveitar o tempo antes que ele escorra diante de nós, como enxurrada após o temporal. Para o trabalho, na criação, na edificação de um mundo melhor e, claro, também para o lazer. Nada melhor que um feriadão após uma semana corrida.

NOTA
Sai no final deste mês o novo livro do jornalista Guido Fidelis, Tempo Tempo Tempo. Trata-se de obra que reúne textos que remetem à beleza da vida, à superação de problemas, além de se constituir em incentivo ao trabalho e às realizações.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sábado, 18 de novembro de 1978

Manchete - Arena considera eleitos 13 senadores. Em São Paulo o MDB está vencendo com ampla margem de votos para o Senado, Câmara Federal e Assembléia Legislativa. MDB poderá eleger cinco deputados na região.

Editorial - Aos vencedores, a grande luta começa agora

Artigo 1 - Aleksandar Jovanovic: "Supremacia eleitoral do MDB na região ainda envolve sutilezas projetadas no futuro".

Artigo 2 - Eduardo Camargo: A vitória de Montoro.

Primeiro Plano - Hermano Pini Filho: "Após as expectativas das eleições e, em seguida, ao acompanhamento das apurações, a conjuntura volta ao normal. Será que, de certo modo, os negócios em geral não foram afetados?".

Polícia - Presos tentam fuga em São Bernardo.

EM 18 DE NOVEMBRO DE...

1918 - Em São Bernardo, soldados da Força Pública, às ordens do delegado de polícia, enviados para reprimir uma greve, disparam seus fuzis sobre a multidão, causando grande número de vítimas.

1958 - Em sessão extraordinária, a Assembléia Legislativa de São Paulo aprova por 21 votos a 18 a realização de plebiscito referente à emancipação política e administrativa de Utinga, em Santo André.

1959 - Presidente Juscelino Kubitschek inaugura oficialmente a fábrica da Volkswagen em São Bernardo.

HOJE

A Igreja celebra a dedicação às basílicas de São Pedro e São Paulo, apóstolos. A festa remonta ao século 4, quando as duas basílicas foram erigidas. Papa Silvestre (314-335) construiu a Basílica de São Pedro; e o papa Siríaco (384-399), a de São Paulo.


SANTOS DO DIA

Maudez, Odo de Cluny, Romão (ou Romano) e Salomé de Cracóvia.
Romão era diácono e sofreu o martírio por ter incentivado os cristãos perseguidos a permanecerem firmes em sua fé. Viveu no século 3, falecendo em Antioquia (Síria) no ano 303.

Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC

Falecimento

SANTO ANDRÉ
MARIA DESOLINA TRACASTRO, 86. Anteontem. Cemitério Curuçá.
MARIA GALDINO ALONSO, 83. Anteontem. Cemitério Camilópolis.
MARIA VIANA DAS NEVES VILELA, 95. Anteontem. Cemitério Phoenix.
GERCILIO DOS SANTOS, 79. Anteontem. Cemitério Vila Alpina
VALDECY BRAGGIAM MONTEIRO, 71. Anteontem. Cemitério Jardim Redentor, Bauru (SP).
NAIR RODRIGUES MUNHOZ, 82. Ontem. Cemitério das Lágrimas, São Caetano.
DURVAL FERREIRA CONCEIÇÃO, 86. Anteontem. Cemitério Jardim da Colina.

SÃO BERNARDO
MARIA ANTUNES DA SILVA, 83. Anteontem. Cemitério Bairro dos Casa.
NIVALDO LOVISETTO, 77. Anteontem. Cemitério Jardim da Colina.
JOANA PEREIRA NEVES, 85. Anteontem. Cemitério Jardim da Colina.
AIKO SUSUKI, 82. Anteontem. Cemitério Paulicéia.
ANEDIA DOS SANTOS GARAVELO, 79. Anteontem. Cemitério Paulicéia.
CELIO PERERIA, 73. Anteontem. Cemitério: Ceramica
EURIDES BENTO DO AMARAL, 80. Anteontem. Cemitério: Vale dos Pinheirais.
QUITÉRIA RODRIGUES NOGUEIRA, 84. Anteontem. Cemitério Jardim da Colina.

DIADEMA
MARIA DE SOUZA MOREIRA, 74. Anteontem. Cemitério Municipal de São Bernardo.
DIOMAR OLIVEIRA, 72. Anteontem. Cemitério Jardim Vale da Paz.
MARINHO ANTONIO DOS SANTOS, 86. Anteontem. Cemitério Parque do Grande ABC, Mauá.
UBIRACI ANTONIO PATROCINIO, 84. Anteontem. Cemitério Municipal.

MAUÁ
MARIA DE LOURDES DA ROCHA MENEZES, 64. Anteontem. Cemitério Santa Lídia.
MANOEL FRANCISCO LOPES, 72. Anteontem. Cemitério Santa Lídia.
JOSÉ FREIRA DA SILVA, 85. Anteontem. Cemitério Parque Grande ABC.




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