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Polícia Civil aguarda entrega de vídeo feito pelo MTST
Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
19/09/2017 | 07:00
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 A Polícia Civil aguarda para esta semana a entrega de suposto vídeo feito por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) do momento em que uma pessoa ligada ao grupo foi atingida, no sábado, por um chumbo de espingarda nas dependências da Ocupação Povo Sem Medo, instalada em terreno privado no bairro Assunção, em São Bernardo.

Considerado uma das provas de que o disparo teria partido de um dos condomínios residenciais localizados no entorno do terreno privado, ocupado desde o dia 2, o vídeo foi citado por integrantes do movimento durante depoimentos prestados no 3º Distrito Policial (Assunção) de São Bernardo. A expectativa era a de que as imagens fossem entregues pelo advogado do movimento ainda no fim de semana, conforme combinado no registro da ocorrência, o que não ocorreu.

“Estamos no aguardo do advogado do grupo trazer o vídeo citado”, explica o delegado titular do 3º DP, Wagner Milhardo Alves.

Audinei Serapião da Silva, 40 anos, foi atingido no braço esquerdo enquanto realizava trabalhos na ocupação. O mesmo foi socorrido por equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado para o PS (Pronto-Socorro) Central do município, onde passou por procedimento para retirada do material. O mesmo já teve alta.

Segundo o MCI (Movimento Contra a Invasão), que representa cerca de 10 mil moradores dos condomínios vizinhos à área ocupada pelo MTST, famílias aguardam a investigação do caso pela Polícia Civil para saber de onde partiu o tiro. “Temos certeza que o disparo não saiu de nenhum condomínio, mas vamos aguardar as investigações”, destacou o líder do MCI, Marcelo Mendes Vicente.

 

IMPASSE

Após 18 dias de ocupação, ainda permanece sem acordo a possível saída pacífica do grupo de 7.000 pessoas que acampam desde o início do mês no terreno da MZM. No momento, ambas as partes interessadas aguardam julgamento de liminar pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), que suspendeu reintegração de posse autorizada pela Justiça de São Bernardo. Até ontem, a MZM ainda não havia entrado com pedido para derrubar a liminar e tentar a liberação do terreno.

 




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