O gabinete do promotor do distrito do Condado de Jefferson rejeitou o pedido de imunidade feito pelos pais de Eric Harris, de 18 anos, que fabricou explosivos em seu quarto e escreveu em detalhes em seu diário os planos do massacre praticado no último 20 de abril contra a escola secundarista, no qual morreram 14 alunos (entre eles os próprios agressores, que se suicidaram), um professor e outras 23 pessoas ficaram feridas. ``Neste ponto, nao estamos dando imunidade a ninguém e certamente nao (a daremos) a eles', disse sexta-feira à noite o chefe da promotoria, Mark Pautler.

``Queríamos colher seu depoimento na qualidade de testemunhas. Estamos desapontados por nao cooperarem. Nao sabemos porque acreditam precisar de imunidade', explicou. Os pais do outro agressor, Dylan Klebold, de 17 anos, se reuniram sexta-feira com os promotores para responder às suas perguntas.

Durante o ano passado, Harris escreveu um diário no qual expressou seu ódio contra os atletas e os esportistas e no qual detalhou o ataque, que ocorreu no dia do aniversário do nascimento de Adolf Hitler. Quando a casa de Harris foi revistada depois do ataque, o xerife do condado de Jefferson, John Stone, disse ter encontrado bombas e materiais para fanricaçao de explosivos, além do tambor de uma escopeta com o cano cortado no quarto de Eric.

Qualquer um que tivesse o conhecimento prévio sobre o ataque praticado pelos dois rapazes pode ser confrontado a acusaçoes penais por crimes mais brandos, como o de nao informar um crime, ou mais pesados, como cumplicidade ou conspiraçao, disse Pautler, segundo quem nao há motivos para acreditar que os Harri teriam participaçao no crime.

Tanto os Harris quanto os Klebold contrataram abvogados. Uma das perguntas mais freqüentes desde a ocorrência do massacre é: Como os pais nao perceberam o crescente ódio que consumia seus filhos?