Após quatro meses, foi resolvido o impasse entre a Prefeitura de Santo André e o governo do Estado a respeito da construção de viaduto no bairro Capuava, na divisa com Mauá. Em reunião com a Dersa, realizada nesta semana, a administração municipal prometeu retirar o embargo aplicado em novembro, que impedia que as obras do elevado tivessem continuidade em solo andreense - no município vizinho, o serviço não foi interrompido.

No encontro, ficou definido que o Estado irá aceitar a reivindicação da cidade, que exigia a construção de mais um retorno na Avenida dos Estados. A proposta anterior apresentada pela autarquia previa apenas o viaduto que ligará a Avenida Comendador Wolthers, em Mauá, até a via andreense, trazendo o fluxo dos motoristas que vêm do Rodoanel e da Avenida Jacu-Pêssego. Para quem chega à Avenida dos Estados pelos bairros Capuava e Parque Novo Oratório, a opção seria o retorno no pontilhão em frente à Avenida Ayrton Senna, e que teria inversão no sentido de circulação.

Na avaliação do diretor de Trânsito de Santo André, Adriano Roberto Silva, esse modelo provocaria lentidão na Avenida dos Estados e aumentaria o risco de acidentes. "A distância entre o fim do viaduto e o pontilhão é de apenas 200 metros, o que causaria entrelaçamento de veículos. Além disso, a angulação da curva é ruim, o que impediria que caminhões longos fizessem a conversão", explica. A partir da Avenida Ayrton Senna, sentido São Paulo, circulam diariamente cerca de 21 mil veículos, de acordo com a Prefeitura. Silva acrescenta que o local também tem alto fluxo de pedestres.

Com o acordo, a Dersa irá construir pontilhão de retorno a cerca de 600 metros do fim do novo viaduto. A primeira proposta previa que o retorno seria feito por outro elevado - e não por pontilhão. O projeto foi alterado porque a autarquia teve de cortar R$ 3 milhões para conter gastos. Agora, a Secretaria de Logística e Transporte disponibilizou R$ 5 milhões do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) para a construção do novo dispositivo viário.

As obras do viaduto serão retomadas após a suspensão do embargo, o que deve ocorrer na semana que vem, segundo a Prefeitura. A construção do pontilhão tem prazo de finalização estimado em sete meses, contados após a emissão da ordem de serviço - que deve ser feita em 40 dias.