Cuba concluiu ontem o resgate dos corpos das 68 pessoas, 40 cubanos e 28 estrangeiros, que morreram no acidente aéreo de quinta-feira no centro da ilha, e avança nos trabalhos de identificação dos corpos.

“O processo de localização e resgate dos restos mortais dos passageiros e tripulantes do avião da companhia aérea Aerocaribbean acidentado ao anoitecer de quinta-feira terminou no local da catástrofe”, destacou o jornal Escambray, da província de Sancti Spíritus (400 km ao Leste de Havana), onde ocorreu a tragédia.

O jornal destacou que, da noite de quinta até a manhã de ontem, brigadas especiacializadas e uma equipe forense, liderada pelo perito Jorge González, “trabalhou intensamente” para resgatar os 68 corpos carbonizados do local onde o avião caiu, a 30 km de Sancti Spíritus.

Os restos mortais das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal de Havana, onde há condições para suas identificações.

González, que chefia a investigação, disse que Cuba está em plena capacidade de

assumir, com seus próprios meios e pessoal, as indagações do IML, embora tenha saudado o apoio dos familiares estrangeiros no processo de investigação.

O avião da Aerocaribbean, que fazia a rota entre a cidade de Santiago de Cuba (Leste) e Havana, caiu com 61 passageiros e 7 tripulantes a bordo. As identidades das vítimas já foram divulgadas.

Segundo as autoridades, os estrangeiros mortos no acidente são nove argentinos, sete mexicanos, um venezuelano, três holandeses, dois alemães, dois austríacos (embora a Áustria tenha informado que se trata de dois australianos), um francês, um espanhol, um italiano e um japonês.

A equipe de investigações encontrou na sexta-feira a caixa preta e de voz do avião, um ATR 72-212 construído pela sociedade franco-italiana Avions de Transports Régional.