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Jornal saudita diz que preços do petróleo baixarao
Do Diário do Grande ABC
17/02/2000 | 12:40
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Os preços do petróleo baixarao, principalmente ao aproximar-se o verao (boreal), durante o qual acontece tradicionalmente uma escassa demanda do produto, reporta nesta quinta-feira um jornal saudita ligado ao governo.

``Os preços começarao a cair até chegar aos 25 dólares ou talvez menos', escreveu Okaz, em um editorial sobre a alta, que alcançou esta semana seu nível maior em nove anos.

Este jornal estima que os preços começarao a descer devido a especulaçoes para a baixa e ao aproximar-se o verao no hemisfério norte, temporada em que se reduz a demanda de combustível para a calefaçao.

``As pressoes americanas (...) nao se justificam, os preços baixarao no verao, no hemisfério Norte, temporada em que a demanda de combustível para a calefaçao se reduz', revelou dirigente do petróleo de um país do Golfo Pérsico. ``As recomendaçoes do comitê de vigilância da Organizaçao de Países Exporadores de Petróleo (Opep) continuam vigentes'.

Este comitê, reunido em janeiro passado, recomendou que a Opep renove o acordo que reduz a oferta mundial quando vier a expirar no próximo dia 31 de março. A reuniao ministerial da Opep, prevista para 27 de março, em Viena, deve tomar uma decisao a este respeito.

Os Estados Unidos pressionam a Opep para que aumente o limite de produçao. Esta semana, o barril do óleo bruto superou os 30 dólares, atingindo seu nível mais alto, desde a Guerra do Golfo, em 1991.

O presidente Bill Clinton deu destaque quarta-feira ao fato dos preços terem triplicado em um ano, podendo, com isso, ameaçar a expansao de seu país e de outras economias do mundo e nao excluiu a utilizaçao de reservas estratégicas dos Estados Unidos para responder diretamente a este aumento.

O secretário de Energia dos Estados Unidos, Bill Richardson, que deverá viajar na próxima semana à Arábia Saudita, que foi o primeiro produtor e exportador mundial de petróleo, e seguirá para o Kuwait, numa tentativa de convencer os países petroleiros a aumentarem sua produçao.

Um analista do Observatório Mediterrâneo de Energia (OME), com sede na França, estimou, no entanto, que Richardson nao poderá obter durante suas visitas a promessa de que a produçao aumentará a partir de 1º de abril.

A Arábia Saudita e a Venezuela, membros da Opep, e México, que nao integram o cartel, sao os artífices do acordo de março de 1999, que reduz a produçao mundial em mais de 2,1 milhoes de barris diários, dos quais mais de 1,7 milhoes de barris correspondem aos membros da Opep.




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