A discussao segue a decisao dos líderes da UE ocorrida mês passado, na reuniao de Helsinque, na Finlândia, quando ficou claro que era preciso dotar a regiao de tropas capazes de atuar em questoes que a Organizaçao do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nao pretende intervir.
``Precisamos aprender algumas liçoes com as atitudes hesitantes da Europa', ponderou o chanceler de Portugal, Jaime Gama, que assumiu a presidência rotativa da UE, referindo-se à demora do continente em reagir a crises como a dos Bálcas. Gama espera apresentar, na reuniao de cúpula da UE em Lisboa, nos dias 23 e 24, um relatório preliminar sobre o desenvolvimento da capacidade de defesa européia. O chanceler britânico Robin Cook enfatizou as declaraçoes de vários ministros, defendendo que a UE atue com cautela ``para garantir o direito de interface com a Otan'.
Alicerces - Também a partir de março os ministros esperam que estejam funcionando, interinamente, as instituiçoes que vao controlar a estrutura de defesa da UE, como ficou estabelecido na reuniao de Helsinque. Comitês militares e políticos vao ser criados para administrar possíveis crises e o efetivo militar.
Um grupo de chanceleres ressaltou ainda a necessária preparaçao das autoridades para a soluçao de crises civis. Como ressaltou Cook, ``qualquer intervençao representa invariavelmente um fracasso no esquema de prevençao'.
Na opiniao do secretário de Estado alemao, Christoph Zoepel, o ``uso da força militar deve ser apenas um último recurso para a administraçao da crise'. Um projeto militar claro, com propostas específicas, será apresentado ao fim da presidência portuguesa, em junho.
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