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Alunos querem cancelamento da reorganização

Em assembleia, estudantes decidem manter escolas ocupadas e agendam ato para quarta-feira

Por Renato Fontes
Especial para o Diário
07/12/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Após assembleia que reuniu o comando das 196 ocupações espalhadas por todo o Estado, sendo 25 na região, estudantes decidiram manter os acampamentos nas escolas como forma de protesto contra a reorganização da rede estadual de ensino. Embora o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tenha decretado a suspensão do projeto para 2017 no sábado, os alunos querem agora o cancelamento do plano, que prevê a transferência de 311 mil estudantes e o fechamento de 94 unidades de ensino, seis no Grande ABC.

Por meio de nota oficial, os alunos destacam que “o movimento estudantil exige o cancelamento permanente da reorganização escolar, o pronunciamento oficial do governador de São Paulo por meio de audiência pública amplamente convocada, punição aos policiais que agrediram ou ameaçaram os estudantes ao longo destes dias de ocupação e o fim dos processos contra alunos, funcionários, professores ou apoiadores da causa.”

Aproximadamente 170 alunos oriundos de escolas estaduais do Grande ABC, Região Metropolitana, Baixada Santista e interior do Estado fizeram parte da reunião, realizada na EE Diadema, a primeira unidade ocupada, no dia 9 de novembro.

Os estudantes agendaram, para quarta-feira, às 17h, no Masp, na Capital, ato em apoio às escolas ocupadas.

CULTURA

Ontem, as unidades de ensino ocupadas receberam a denominada Virada Ocupação, evento que consistiu na realização de diversas atrações culturais durante o dia gratuitamente. Artistas como Criolo, Paulo Miklos, Maria Gadu e até mesmo a jurada do Master Chef Paola Carosella participaram das atividades em todo o Estado.

RECUO

No sábado, o governo publicou, no Diário Oficial, a revogação do decreto 61.672, de 30 de novembro de 2015, que permitia a reorganização escolar, após intensas manifestações de alunos e professores da rede pública de ensino. Agora, a ideia do governo é implantar o projeto apenas em 2017.

Horas após o anúncio feito por Alckmin na sexta-feira, o então secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, pediu demissão. O substituto de Voorwald deve ser anunciado nesta semana.




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