“Diadema já tem inventário dos bens culturais!!!!! UEBAAAAAAAAAAA.”

Cf. arquiteta Maria Luísa Gagliardi, a Loli, em e-mail encaminhado a esta página Memória.

“Para nós, a entrega desta casa será o maior presente e um grande presente da administração para a população. O que a equipe trabalhou é uma contribuição à proteção do patrimônio de Diadema.”

Cf. arquiteta Julieta Gil, a Valéria.

“Com todas essas formalizações, a reestruturação do Conselho, a instituição do grupo que cuida dos bens patrimoniais, o inventário realizado, tudo isso está colocando Diadema na condição de um município preservador.”

Cf. arquiteto Luiz Hermínio Puntel de Oliveira.

Em outubro estará pronta a revitalização de uma casa histórica de Diadema, a residência de Alberto Simões Moreira, junto à Praça da Moça, na Avenida Alda, construída provavelmente no início da década de 1930 e hoje sede do Centro de Memória.

Não se trata de uma restauração no sentido técnico da palavra. Mas os cuidados são tantos que o resultado final pode ser apontado como exemplar. Mais de 100 itens foram relacionados. Caso das telhas, trocadas por padrão idêntico às originais, mas assentadas no mesmo madeiramento de 80 anos passados, que se encontra em ótimo estado de conservação.

A moldura decorativa da fachada e demais paredes externas é a mesma da construção. Foi feita a limpeza e raspagem das paredes e colocado um fundo para receber a pintura. Uma reunião prevista para esses dias indicará as cores a serem utilizadas – resta descobrir qual a cor (ou cores) original.

O arquiteto Luiz Hermínio, da Prefeitura, acompanha as obras diariamente, desde o início, em abril: “Diadema nunca presenciou um tratamento de imóvel importante como este. A equipe formada está conseguindo deixar a obra o mais próximo do que foi no passado e com a garantia de estabilidade por um longo tempo. Está sendo feito um trabalho muito sério, criterioso, acompanhado tecnicamente e por profissionais que acolhem as diretrizes dadas.”

Detalhe a mais: a revitalização da casa é feita sem custos para a Municipalidade e por uma construtora que obteve autorização para a construção de um condomínio residencial na Avenida Alda. Aqui entra a figura da outorga. Uma contrapartida, estabelecida na legislação municipal e prevista no Plano Diretor.

“Interessante que um dos diretores da construtora, que é engenheiro, estudou na casa quando esta foi utilizada como escola”, informa outro arquiteto, Sérgio Luiz.

E a presença de alguém que viveu de perto, na sua infância, o cotidiano da casa e hoje ocupa posto de projeção, é mais uma explicação para se entender o carinho com que a reforma vai sendo feita. O afeto a um bem desta natureza é sempre importante. Influi positivamente. Todos querem o melhor.

MESA-REDONDA

Essas informações foram colhidas durante mesa-redonda no local das obras. Gravamos a fala de vários integrantes do grupo técnico que atua ombreado ao novo Condepad, que é o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, presidido pela arquiteta Loli.

A presidente nos passou um documento discutido e aprovado com a política pública de preservação dos bens culturais de Diadema. O documento, redigido pela historiadora Maria de Lourdes Ferreira (a Malu), reconstitui todo o processo, desde as primeiras ações nos anos 1990. É relacionada a legislação preservacionista da cidade – isso mesmo, hoje existem leis que protegem os bens culturais em Diadema. São também citados os vários imóveis que têm sido revitalizados. Alguns casos: a casa de pedra de Bernardo Leite no Taboão; o colégio e a capela dos padres xaverianos; a casa da família Gallo. Existem outros.

“Estamos tentando construir esse caminho de preservação”, arremata a arquiteta Valéria.

De verdade, o que vimos, semana passada, foi a nova fisionomia preservacionista da cidade de Diadema. Os técnicos conhecem os operários. Uns chamam os outros pelos nomes ou apelidos. Na hora da foto, irmanaram-se todos. E vários fizeram questão de registrar aquele momento em seus celulares. Caso do operário José dos Santos, o Mudo.

EQUIPE FORMADA

Fechamos com o grupo, de técnicos e operários. Torcemos por eles. E vamos acompanhar, aos poucos, cada bem elencado.

Faltou citar outros técnicos que fazem parte do grupo: Renan Serra e Carol (estagiários), arquiteto Antonio e os engenheiros Francisco, Janaina e Rafael, mais o pesquisador Walter Carreiro – foi ele quem teve a iniciativa de chamar os operários para a foto.

E os operários aceitaram, felizes, sair no retrato aqui em Memória: Icônis (o Curió), Mauricio, seo Osvaldo (mestre), Leôncio Junior, Irmão, João, Francisco 1 e Francisco 2, Reginaldo, Henrique, Flávio e Carlos Solano (pintor e restaurador).

Diário há 30 anos

Sábado, 21 de setembro de 1985 – ano 28, nº 5935

MANCHETE – Novo terremoto aumenta dor no México destroçado.

TRABALHO & INDÚSTRIA – Montadoras pagam pelo INPC integral.

RIBEIRÃO PIRES – Restauração da capela do Pilar Velho em etapa final

PRIMEIRA DIVISÃO – É dia de Santo André e Corinthians, 15h45, Estádio Municipal de Mauá.

SHOW – O humor de Costinha em apresentação única no Teatro Cacilda Becker, em São Bernardo.

Em 21 de setembro de...

1915 – A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘a retirada russa de Kiew’.

1930 – Queda de barreira na Serra do Mar interrompe o trânsito de automóveis entre São Bernardo e Santos.

2000 – Inaugurada a Estação Tamanduateí do Metrô, na Vila Carioca, próxima a São Caetano.

2005 – Inaugurado o primeiro restaurante popular de Diadema.

Hoje

Dia da Árvore

Dia do Fazendeiro

Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Dia Mundial do Mal de Alzheimer

Dia Internacional da Paz das Nações Unidas

Dia Mundial do Fair Play (instituído pela Fifa em 21/9/1997).

Santos do Dia

Na estampa, São Mateus. Foi o primeiro dos evangelistas. Pregou na Palestina e na Etiópia.

Segundo a tradição evangélica, Mateus (ou Levi) era um cobrador de impostos e por isso não era bem visto pela sociedade, sendo considerado um pecador. Um dia, depois de falar ao povo, Jesus passa por Mateus, olha com firmeza nos seus olhos e diz: "Segue-me". Mateus imediatamente levantou-se, abandonou seu rendoso negócio, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza

Ifigênia

Maura de Troyes