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Empresário de Glória Trevi rechaça 'julgamento pela imprensa'
Do Diário OnLine
Com EFE
29/11/2003 | 14:24
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O ex-produtor mexicano Sérgio Andrade, acusado de corrupção de menores, afirmou que confia em ser julgado pelos tribunais, e não pela imprensa. Ele chegou ao México na noite de sexta-feira, depois de ser extraditado do Brasil. Andrade está preso em Chihuahua, onde vai responder processo no caso que envolve ainda a cantora Glória Trevi e a corista María Raquenel Portillo (‘Mary Boquitas’).

O chamado ‘Clã Trevi-Andrade’ foi acusado de corrupção de menores pela mãe de uma corista depois que Aline Hernández - ex-esposa do produtor - publicou um livro denunciando abusos sexuais contra menores que haviam entrado para o grupo supostamente com a promessa de virar estrelas.

As declarações da ex-esposa e o conteúdo do livro foram divulgados por diversos meios de comunicação, e principalmente pela Televisão Azteca. O produtor e seu grupo deixaram o país para tentar se afastar do escândalo.

Andrade terá de responder de maneira direta ao processo apresentado por Karina Yapor, que afirmou ter sido enganada e submetida a abusos sexuais pelo acusado, com a cumplicidade de Glória Trevi.

Yapor assegurou ter sido vítima de maus-tratos desde os 13 anos, quando se uniu ao ‘clã’. Ela tem um filho com Andrade.

O empresário garantiu recentemente que as acusações "possuem caráter político e de vingança empresarial e pessoal". Ele alegou ainda que voltou ao México para se defender das acusações.

Ao chegar ao país, Andrade expressou o desejo de ser julgado de acordo com as leis, e não pela imprensa, que, segundo ele, o condenou sem dar chance de defesa.

"Espero obter justiça, não através de uma condenação da imprensa, não através de uma campanha de desprestígio da Televisão Azteca. Espero justiça de acordo com as leis e a Constituição, não pretendo outra coisa", afirmou Andrade.

O ex-empresário de Trevi disse à imprensa que havia prolongado sua estadia no Brasil porque temia ser assassinado em Chihuahua e porque seu caso se politizara.

O ex-produtor é irmão do senador do Partido Revolucionário Institucional (PRI) Eduardo Andrade, por isso temia que seu nome fosse usado com fins políticos.

"Eram momentos delicados em Chihuahua, uma situação delicada politicamente, devido à proximidade das eleições, problemas do meu irmão, uma campanha tremenda da Televisão Azteca e a ameaça de morte ao chegar a Chihuahua nos fez tentar permanecer no Brasil o maior tempo possível", afirmou Andrade.

Além disso, o empresário expressou seu agradecimento pelo bom tratamento dos policiais mexicanos e se comprometeu a dar entrevistas à imprensa sem cobrar por elas.

"Quero dizer que não cobro por entrevista como disseram de maneira ofensiva na Televisão Azteca. Eu me comprometo com os senhores, estou às suas ordens", disse.

Com a chegada de Andrade, é encerrado o capítulo brasileiro desaa história, que durou mais de três anos.

Trevi foi extraditada em dezembro do ano passado. A ex-corista ‘Mary Boquitas’ voltou ao México em março.




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