Depois de mais de quatro horas de sessão extraordinária, o PME (Plano Municipal de Educação) foi aprovado em Ribeirão Pires, com 14 votos favoráveis e três contrários. O texto avalizado foi o reformulado pelo governo Saulo Benevides (PMDB), que num primeiro momento enviou proposta sem fazer adequações do PNE (Plano Nacional de Educação), causando distorções esdrúxulas.

A discussão que tomou conta do plenário ficou relacionada a uma emenda ao PME, apresentada pelo vereador Silvino de Castro (PRB), na qual previa a retirada da palavra minoria do documento. O termo minoria já estava substituindo diversidade, que foi retirado do texto depois de acordo entre os parlamentares. A modificação proposta por Silvino foi rejeitada por 13 votos.

Rubens Fernandes da Silva, o Rubão (PMDB), foi um dos três vereadores que votaram contra o PME – além dele, Flávio Gomes (PPS) e Silvino – e reclamou do prazo dado pelo governo. “Eu votei contra porque acho que não houve tempo hábil para a análise do projeto. Chegou aqui na semana passada e já foi colocado em votação, foi pouco tempo para ser lido e entendido”, contestou Rubão.

O líder do governo Saulo na Câmara, Hércules Giarola (PR), disse que o plano sofrerá alterações caso alguém julgue necessário. “Aprovamos o plano básico, agora ele precisa ser adequado e estamos abertos a sugestões de qualquer um que achar que é possível melhorar esse texto.”

OUTROS PROJETOS
A criação da RPTuris, autarquia de turismo, foi adiada, enquanto a redução da jornada de trabalho dos comissionados foi aprovada na Casa. “A votação da RPTuris foi postergada até mesmo pela redução da carga horária dos comissionados. Os vereadores decidiram adiar”, relatou Hércules. Os vereadores acreditavam que o projeto da RPTuris contradizia o texto de redução de gastos com comissionados.