Quatro homens armados com revólveres e uma metralhadora mantiveram refém a família de um funcionário de um minimercado e trancaram outras duas pessoas no frigorífico da loja, a uma temperatura de 0°C. O assalto ocorreu no domingo à noite, no Parque Novo Oratório, em Santo André. Vizinhos perceberam uma movimentação estranha no comércio e chamaram a polícia, que conseguiu prender os quatro ladrões.

O funcionário Waldir dos Santos Oliveira foi rendido por volta das 20h30, na porta de casa, e obrigado a entregar a chave do mercado aos assaltantes. Sua casa é em frente ao mercado. O assaltante Alex Augusto Rodrigues, 25 anos, vigiava o funcionário, a mulher e dois filhos enquanto os outros três ladrões entraram no mercado.

Dentro do comércio, os três assaltantes renderam dois funcionários que ainda trabalhavam. Ambos foram presos no frigorífico, onde ficaram sob uma temperatura de 0°C por alguns minutos. "Eles não nos fizeram ameaças. Só mandaram a gente entrar. Ficamos com medo, porque não sabíamos quanto tempo ficaríamos naquele congelador", conta o eletricista Maurílio Santos. A dupla só teria sido libertada após as súplicas do funcionário Noé de Aguiar Araújo, que reclamou do frio intenso. Foram então obrigados a ficar nos fundos do mercado.

Um vizinho percebeu a ação na casa de Oliveira e chamou a polícia, que foi até a residência. Lá, os policiais renderam o assaltante e libertaram a família. Os policias se dirigiram, então, ao mercado onde entraram usando a chave de outro funcionário. No mercado, prenderam Weues Fernandes Gabriele, 22 anos. Ele carregava uma metralhadora Luger nove milímetros, segundo os policiais. Os outros dois acusados tentaram fugir, mas foram capturados na rua África, por outros policiais. Não houve troca de tiros, segundo a polícia.

O dono do mercado, o comerciante Juscelino Ribeiro, disse que o bando tentava levar cerca de R$ 10 mil entre garrafas de uísque e pacotes de cigarro. "Eles estavam procurando o cofre, mas eu não tenho isso aqui." O caso foi registrado no 2º DP de Santo André. A polícia diz que os presos já tinham passagem por roubo a mão armada.