Política Titulo Diadema
Maninho crê em margem para não demitir assessores
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/12/2014 | 07:00
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Prestes a deixar a presidência da Câmara de Diadema, o petista Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, vislumbrou a possibilidade de não haver corte de assessores por gabinete, caso seu sucessor, José Dourado (PSDB), adote medidas de austeridade financeira para 2015.

Com crise na arrecadação da cidade, o Orçamento do Legislativo não cresceu conforme projeção inicial. Dourado terá de trabalhar com R$ 32,3 milhões a partir de janeiro, quantia considerada apertada por Maninho. Chegou-se a cogitar, então, a demissão de dois assessores de cada um dos 21 gabinetes de vereador, algo que gerou protestos dos parlamentares – cada um pode nomear sete apadrinhados.

“Acredito que não haverá necessidade (dos cortes de servidores), desde que haja trabalho efetivo de economia. Por exemplo, o Zé Dourado não poderá conceder o pagamento de um terço de férias em dinheiro aos funcionários. Com medidas de economia, a Casa poderá manter o organograma atual”, avaliou Maninho, que deixa a gerência da mesa diretora após o biênio 2013-2014.

O petista afirmou, inclusive, haver margem orçamentária para reajustar os vencimentos dos funcionários com base na inflação do período. Neste ano, além da reposição, Maninho deu, na última sessão, abono de R$ 1.500 aos colaboradores, além de reclassificar algumas categorias.

Segundo Maninho, o objetivo foi “valorizar o esforço” dos trabalhadores e motivar a aposentadoria de servidores de longa data na Casa.
“O Orçamento inspira cuidados, evidentemente. Mas fizemos trabalho forte para ajeitar as contas. Não cabe exageros e mostrei tudo para o Zé (Dourado). Não sei como ele vai trabalhar, acho que ele tem responsabilidade. Mas se conceder alguns benefícios, dificilmente encerrará o primeiro semestre sem ter de demitir gente”, projetou o vereador do PT.

De acordo com Maninho, prova do Orçamento justo foi o recurso devolvido ao Paço, comandado pelo prefeito Lauro Michels (PV). Dos R$ 28 milhões repassados pelo governo do verde ao Legislativo em 2014, somente R$ 300 mil foram restituídos à Prefeitura.

Outro problema que Dourado terá de lidar é com a ação civil pública impetrada pelo MP (Ministério Público) para forçar a Câmara a reduzir o número de postos comissionados. Segundo a Promotoria de Diadema, não há paridade entre os efetivos e os nomeados sem concurso público. O promotor José Luiz Saikali e Maninho chegaram a desenhar esboço de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), porém, não formalizaram um acordo, o que forçou o MP a acionar judicialmente a Casa. 




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